Doença celíaca
A doença celíaca é uma doença digestiva autoimune provocada pela intolerância ao glúten. Múltiplos fatores têm influência, incluindo um desequilíbrio da flora intestinal.
O glúten é uma substância que está naturalmente presente no trigo, cevada e centeio. Ao contrário de uma alergia ao glúten, uma intolerância aparece aos poucos e pode permanecer não notada por muitos anos. Nos países ocidentais, é afetada entre 0,7 e 2 % da população.
Uma doença muitas vezes assintomática
Na sua forma clássica, a doença celíaca começa por volta dos 6 meses de idade, depois da introdução dos primeiros cereais na dieta. Os sintomas clássicos são diarreia crónica, falta de apetite e apatia. Contudo, a maior parte das vezes a doença celíaca é assintomática.
A predisposição genética na origem?
A doença celíaca aparece em pessoas que têm uma predisposição genética para a mesma. O seu sistema imunitário produz anticorpos na presença do glúten que atacam a parede do intestino. O resultado é que a digestão se altera e os nutrientes não são tão bem absorvidos. Outros fatores estão envolvidos como a idade em que o glúten é introduzido e repetidas infeções intestinais. De acordo com uma hipótese que é fundamentada pela existência de disbiose nestes doentes, a microbiota gastrointestinal pode também desempenhar um papel desencadeador ou agravador. A flora gastrointestinal contém menos bactérias benéficas e mais germes potencialmente patogénicos em comparação com indivíduos saudáveis. Uma dieta sem glúten reduz o desequilíbrio, mas não pode corrigi-lo de todo.
O diagnóstico centra-se num exame clínico e na presença de sinais indicativos juntamente com a pesquisa de anticorpos específicos no sangue e uma biopsia (se necessário). A predisposição genética tem sido comprovada através de estudo genético (tipificação HLA).
Modificação da microbiota como prevenção
O único tratamento para a doença celíaca é a remoção do glúten da dieta. Contudo, outra abordagem – visando a disbiose – tem investigadores interessados. Consiste em modificar a microbiota gastrointestinal para prevenir a evolução da doença, em casos de risco genético acrescido ou para melhorar formas que sejam graves ou até resistentes à dieta sem glúten.
Fontes :
Maladie cœliaque: de l'enfance à l'âge adulte. Association Française de Formation Médicale Continue en Hépato-Gastro-Entérologie http://www.fmcgastro.org/postu-main/postu-2013-paris/textes-postu-2013-paris/maladie-coeliaque-de-l%E2%80%99enfance-a-l%E2%80%99age-adulte/
Stene LC, Honeyman MC, Hoffenberg EJ, et al. Rotavirus infection frequency and risk of celiac disease autoimmunity in early childhood: a longitudinal study. Am J Gastroenterol 2006 ; 101 : 2333-40
Marasco G, Di Biase AR, Schiumerini R, et al. Gut Microbiota and Celiac Disease. Dig Dis Sci. 2016;61(6):1461-1472.
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