Espanha: conhecimentos e comportamentos sobre a microbiota Resultados de 2023

O Biocodex Microbiota Institute pediu à Ipsos que realizasse um grande inquérito internacional abrangendo 6.500 pessoas em 7 países (França, Espanha, Portugal, Estados Unidos, Brasil, México e China): o Observatório Internacional das Microbiotas.

As microbiotas são essenciais para a saúde, mas são pouco conhecidas no mundo. Os espanhóis têm um conhecimento muito limitado sobre as microbiotas e sobre os comportamentos que devem adotar para as preservar o melhor possível.

1. Os espanhóis estão também entre os países que menos sabem sobre a microbiota, tal como os franceses, os americanos e, em menor grau, os portugueses.

Assim, apenas uma minoria de espanhóis sabe exatamente o que significam os termos “disbiose” (apenas 6% contra 10% globalmente), “probiótico” (38% face 43% a nível geral).

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O que são exatamente os probióticos?

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2. Os seus conhecimentos sobre os diferentes comportamentos a adotar para preservar o equilíbrio da sua microbiota são medíocres...

mas mesmo assim superiores à média dos outros países (4,2/7 contra 4/7 no total). No entanto, não os aplicam de facto, e são dos que dizem ter adotado menos comportamentos para manter a sua microbiota o mais equilibrada possível (54% contra 57% a nível global).

3. Os espanhóis raramente estabelecem a relação entre determinados problemas de saúde e a sua microbiota.

De entre os 8 problemas clínicos testados, há apenas um para o qual a maioria dos espanhóis que dele sofrem estabelecem a existência de ligação com a microbiota. Trata-se do caso da diarreia associada a antibióticos (53%). Para todos os outros problemas de saúde, a maioria dos espanhóis nunca faz a ligação com a sua microbiota. É este o caso das infeções urogenitais (40%), dos episódios de problemas intestinais (46%), das perturbações do aparelho digestivo (44%) e das gastroenterites (apenas 34% das pessoas fazem essa ligação).

A microbiota intestinal

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4. Sobretudo, os espanhóis raramente falam neste assunto com os profissionais de saúde...

...e declaram ter muito menos probabilidades do que a média de lhes serem receitados probióticos e prebióticos pelo seu médico (36% em comparação com 46% no total), de lhes serem explicados os comportamentos corretos para manterem, na medida do possível, um bom equilíbrio da sua microbiota (33% face a 44% a nível global) ou de serem sensibilizados para a importância de preservarem, na medida do possível, o equilíbrio da sua microbiota (31% contra 42% no cômputo geral).

36%

 

 

dos espanhóis têm muito menos probabilidades do que a média de receberem uma prescrição médica de probióticos ou prebióticos.

33%

dos espanhóis têm muito menos probabilidades do que a média de ver o seu médico explicar os comportamentos necessários para manter, tanto quanto possível, um bom equilíbrio da microbiota.

31%

têm muito menos probabilidades de terem sido sensibilizados para a importância de preservar, tanto quanto possível, o equilíbrio do microbiota.

Em Espanha, a educação dos doentes é agora uma questão fundamental, para lhes ensinar não só o papel da microbiota, mas também os comportamentos que devem adotar para a preservar o melhor possível. Isso compete aos profissionais de saúde.

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Photo Observatoire: Le microbiote à chaque étape de la vie : des parents sensibilisés, des seniors peu informés

Metodologia

Foi realizada uma grande investigação internacional online no Panel Ipsos. Foram consultados 6,500 indivíduos, de 21 de março a 7 de abril de 2023 em 7 países: Estados Unidos, Brasil, México, França, Portugal, Espanha e China.

A recolha de informações foi realizada por amostragem por quotas, que é o plano de amostragem mais frequentemente utilizado para obter uma amostra representativa da população estudada. As variáveis de quotas foram designadas para cada país com base em:

  • género
  • idade
  • região
  • categoria socioprofissional

A população consultada compreende 48 % homens, 52 % mulheres. A idade média é de 46,9 anos. A amostra composta por 6,500 indivíduos permite uma análise cuidadosa de acordo com várias faixas etárias: 18-24 anos, 25-34 anos, 35-44 anos, 45-59 anos e 60 anos ou mais.

O questionário composto por 26 questões inclui:

  • dados sociodemográficos
  • avaliação dos conhecimentos sobre as microbiotas
  • nível e desejo de informações dos profissionais de saúde
  • identificação e adoção de comportamentos destinados a combater os desequilíbrios das microbiotas
  • nível de conhecimento, informações e comportamentos das mulheres sobre a microbiota vulvovaginal
  • dados de saúde
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