Dieta: Impacto na Microbiota Intestinal

Apesar da nossa flora intestinal ser determinada, provavelmente, pelos nossos genes e ambiente em que vivemos, não restam dúvidas de que é influenciada pela nossa dieta. A diversidade e qualidade do nosso bolo alimentar contribui para o equilíbrio da nossa microbiota intestinal – e, sem dúvida, também contribui para a nossa saúde no geral.

Publicado em 16 Outubro 2020
Atualizado em 28 Maio 2024

Sobre este artigo

Publicado em 16 Outubro 2020
Atualizado em 28 Maio 2024

A flora intestinal é formada progressivamente desde o nascimento. São vários os elementos que influenciam a sua composição, em particular a natureza do leite que o recém-nascido ingere. Os bebés amamentados com leite materno têm uma flora microbiótica diferente dos bebés que bebem leite do biberão. Apesar do leite materno ser o sempre a primeira opção, as fórmulas enriquecidas com prebióticos e probióticos têm propriedades nutricionais favoráveis ao ecossistema da microbiota intestinal.


Os hábitos da dieta modulam a composição da microbiota

Na idade adulta, a composição qualitativa e quantitativa da microbiota permanece relativamente estável.  No entanto, ainda é afetada pela diversidade e natureza dos nossos hábitos alimentares: tanto a falta de comida como a composição da última refeição podem rapidamente alterar a biodiversidade das bactérias. Os macronutrientes como polissacarídeos (açúcares), gorduras e proteínas ingeridas pelo hospedeiro são quebrados em porções pela microbiota intestinal. Determinadas fibras alimentares, em particular as fibras solúveis, como a inulina (especialmente presente na alcachofra e endívia), são prebióticos que estimulam o crescimento de bactérias “boas” na flora intestinal. Como resultado final, contribuem diretamente para que a microbiota se mantenha estável e saudável.

Desta forma, é muito provável que a alteração de hábitos alimentares, se prolongada, tenha consequências para a saúde, abrindo assim a possibilidade de novas alternativas terapêuticas via alimentação.