Diabetes tipo 2

A diabetes é uma doença crónica relacionado com disfunção na produção ou uso de insulina, a hormona que regula o açúcar no sangue. A microbiota gastrointestinal foi identificada como um dos fatores ambientais responsáveis. 

Publicado em 17 Setembro 2021
Atualizado em 27 Outubro 2021

Sobre este artigo

Publicado em 17 Setembro 2021
Atualizado em 27 Outubro 2021

Em 2015, 415 milhões de pessoas tinham diabetes. De acordo com as previsões da OMS, serão 642 milhões em 2040. Noventa por cento dos casos são diabetes tipo 2. 

Resistência à insulina, a principal causa de diabetes tipo 2

A principal causa de diabetes tipo 2 é o facto das células no corpo perderem a sensibilidade à insulina. Esta resistência à insulina torna a hormona ineficaz e leva a que o pâncreas produza mais até ao ponto de exaustão. Como resultado, o açúcar acumula-se no sangue, levando a hiperglicemia e complicações graves a longo prazo: enfarte do miocárdio, AVC, arterite nos membros inferiores, falência renal e cegueira.

Envolvimento da microbiota intestinal? 

Ainda que haja uma componente genética associada à diabetes tipo 2, o estilo de vida é o maior fator de risco para a doença – especialmente sedentarismo e uma dieta que inclua demasiada gordura e açúcar. Algumas gorduras e açúcares acionam uma resposta inflamatória associada a alterações metabólicas, o que por sua vez aumenta o nível de inflamação. Começa um círculo vicioso, no qual a microbiota gastrointestinal está envolvida porque está desequilibrada. Investigadores demonstraram que a microbiota intestinal está alterada na diabetes e que esta disbiose contribui para a doença.

Melhorias do estilo de vida

Acima de tudo, a diabetes trata-se com modificações do estilo de vida: perda de peso se necessário, atividade física regular e uma dieta equilibrada. É muitas vezes necessário introduzir medicação. 
O papel de certas bactérias intestinais e/ou probióticos na diabetes ainda tem de ser confirmado, mas os seus efeitos benéficos (particularmente no apetite e no açúcar no sangue) abriu um caminho para o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos para esta doença, que afeta milhões de pessoas.