Doença de alzheimer

A doença de Alzheimer, cujos fatores são ainda pouco compreendidos, ainda não tem tratamento eficaz. Contudo, a hipótese em torno do papel da microbiota intestinal está a ganhar força, dando esperança ao aparecimento de novos caminhos no tratamento. 

Publicado em 02 Novembro 2020
Atualizado em 15 Dezembro 2021

Sobre este artigo

Publicado em 02 Novembro 2020
Atualizado em 15 Dezembro 2021

A doença de Alzheimer, que afeta mais de 35 milhões de pessoas em todo o mundo, está associada à perda memória, problemas de linguagem e compreensão, problemas de atenção e concentração, apraxia (perda de destreza) e, em alguns casos, agnosia (problemas a reconhecer objetos ou caras). Além destes sintomas cognitivos, que pioram com o tempo, há sintomas comportamentais como ansiedade, apatia, irritabilidade, problemas de sono, desinibição e agitação.

Causas ainda desconhecidas

Vários fatores de risco genéticos e ambientais foram identificados para a doença: hipertensão, hipercolesterolemia, tabagismo, estilo de vida sedentário, dieta desequilibrada e falta de estímulo cognitivo, entre outros. Lesões no cérbero são também um bem conhecido componente da doença, particularmente a acumulação de placas beta-amilóides e a degeneração neuronal. Contudo, as causas da doença ainda têm de ser claramente determinadas.

A hipótese da microbiota intestinal

Investigadores estão a considerar se a microbiota intestinal está envolvida na doença de Alzheimer: certas proteínas (péptidos amilóides) produzidas por bactérias “más” podem favorecer o desenvolvimento da doença. Por outro lado, bactérias “boas” podem desempenhar um papel protetor, abrandando a formação de placas amilóides.

Quebrar o impasse terapêutico

A microbiota intestinal pode representar um novo caminho na investigação terapêutica, já que não existe terapêutica de cura para a doença de Alzheimer. Apenas alguns medicamentos amenizam os sintomas e a sua eficácia é muito limitada. Por isso, alguns investigadores estão a considerar desenvolver trabalhos futuros sobre a doença por via da microbiota, através de alterações na dieta ou ingestão de probióticos.