Rinite alérgica
A rinite alérgica, uma doença respiratória, deve-se a uma resposta imune anormal e excessiva quando o organismo entra em contacto com uma substância estranha ou à qual se tornou sensível. Está associada à disbiose das microbiotas otorrinolaringológica e intestinal.
Acesso a profissionais de saúde
Encontre aqui o seu espaço dedicado
en_sources_title
en_sources_text_start en_sources_text_end
Capítulos

Sobre este artigo
500 milhões de pessoas afetadas
A rinite alérgica é uma patologia muito frequente, cujo número de casos se encontra em aumento constante em todo o mundo. Haverá cerca de 500 milhões de pessoas afetadas.
Diz-se sazonal (também chamada "febre dos fenos") quando está relacionada com o pólen de árvores, gramíneas ou plantas herbáceas, e considera-se perene quando se deve a alérgenos presentes durante todo o ano, como os ácaros, os bolores ou mesmo os pelos de animais.
Sintomas característicos
A rinite alérgica manifesta-se através de sintomas muito característicos, geralmente relacionados com:
- Prurido (comichões)
- Anosmia (perda do olfato)
- Rinorreia (corrimento nasal)
- Espirros
- Obstrução nasal (nariz entupido)
Nos casos de rinite alérgica sazonal ou perene, estes sintomas são exacerbados.
Microbiotas modificadas
A asma e a rinite alérgica estarão fortemente relacionadas: 20% das pessoas com rinite alérgica têm asma e 80% dos asmáticos têm rinite. Ponto em comum entre estas duas doenças: encontram-se associadas a uma disbiose, com uma diversidade reduzida da microbiota intestinal e, inversamente, uma maior diversidade bacteriana ao nível da microbiota otorrinolaringológica (nariz-garganta-ouvidos).
Tratamentos
O tratamento da rinite alérgica baseia-se em 3 vetores: evitar os alérgenos, tomar medicamentos e dessensibilização. Existem também tratamentos sintomáticos, que visam melhorar o conforto dos pacientes. Por fim, uma abordagem que consiste no tratamento da disbiose e no reequilíbrio da microbiota com recurso a probióticos (em especial lactobacilos) está a ser alvo de estudos, cujos resultados parecem ser promissores.
- Brożek JL, Bousquet J, Agache I, et al. Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma (ARIA) guidelines: 2010 Revision. The Journal of Allergy and Clinical Immunology, septembre 2010, vol. 126(3): 466-476.
- Mullol J, Valero A, Alobid I, et al. Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma update (ARIA 2008). The perspective from Spain. J Investig Allergol Clin Immunol. 2008;18(5):327-334.
- Haahtela T, Holgate S, Pawankar R, et al. The biodiversity hypothesis and allergic disease: world allergy organization position statement. World Allergy Organ J. 2013;6(1):3. Published 2013 Jan 31.
- Choi CH, Poroyko V, Watanabe S, et al. Seasonal allergic rhinitis affects sinonasal microbiota. Am J Rhinol Allergy. 2014;28(4):281-286.
- Peng GC, Hsu CH. The efficacy and safety of heat-killed Lactobacillus paracasei for treatment of perennial allergic rhinitis induced by house-dust mite. Pediatr Allergy Immunol. 2005;16:433–8.
- Yang, G, Liu ZQ, Yang, PC. Treatment of Allergic Rhinitis with Probiotics: An Alternative Approach. North American Journal of Medical. Sciences 2013 ; 5(8), 465–468.