Doença de parkinson

A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em França. A sua progressão destrói os neurónios dopaminérgicos do cérebro. Foi demonstrada ligação a uma desregulação da microbiota intestinal. 

Publicado em 02 Novembro 2020
Atualizado em 28 Outubro 2021

Sobre este artigo

Publicado em 02 Novembro 2020
Atualizado em 28 Outubro 2021

A doença de Parkinson afeta 1 % das pessoas com mais de 65 anos em França, o que representa 100 000 pessoas. A substância nigra no cérebro, a área que controla o movimento, perde os neurónios que produzem dopamina. O resultado são sintomas motores progressivos: lentidão nos movimentos, rigidez muscular e tremores. Pessoas com Parkinson têm também problemas não-motores, como problemas de sono, episódios depressivos e problemas gastrointestinais incapacitantes (obstipação, inchaço, dor abdominal, náuseas).

A idade está implicada

O principal fator de risco é, obviamente, a idade. Ainda que a predisposição genética tenha sido comprovada, nenhum é suficiente para explicar a doença. O ambiente é também um fator com os pesticidas a desempenhar um papel que está documentado.

Comunicação do eixo cérebro-intestino

A microbiota intestinal participa na comunicação entre o intestino e o cérebro. Alguns investigadores têm colocado a hipótese de que a infeção crónica por Helicobacter pylori possa ser a origem da doença de Parkinson. Contudo, não foi determinado se é a infeção que despoleta a doença ou, pelo contrário, se a doença que promove a infeção. A disbiose, uma alteração na composição da microbiota, foi realçada nos doentes com doença de Parkinson. Estes têm menos bactérias “anti-inflamatórias” e mais bactérias “pró-inflamatórias” que as pessoas saudáveis.

Controlando a progressão

O tratamento foca-se em moderar os sintomas motores da doença (tremores, rigidez, etc.) através do uso de precursores da dopamina. Estes tratamentos não previnem a progressão da doença e as complicações reaparecem depois de 5 a 10 anos de tratamento. Hoje em dia, o objetivo principal é detetar a doença o mais cedo possível e abrandar a degeneração neuronal. A manipulação da microbiota é uma opção a ser estudada de momento.