A doença de Alzheimer, que afeta mais de 35 milhões de pessoas em todo o mundo, está associada à perda memória, problemas de linguagem e compreensão, problemas de atenção e concentração, apraxia (perda de destreza) e, em alguns casos, agnosia (problemas a reconhecer objetos ou caras). Além destes sintomas cognitivos, que pioram com o tempo, há sintomas comportamentais como ansiedade, apatia, irritabilidade, problemas de sono, desinibição e agitação.
Causas ainda desconhecidas
Vários fatores de risco genéticos e ambientais foram identificados para a doença: hipertensão, hipercolesterolemia, tabagismo, estilo de vida sedentário, dieta desequilibrada e falta de estímulo cognitivo, entre outros. Lesões no cérbero são também um bem conhecido componente da doença, particularmente a acumulação de placas beta-amilóides e a degeneração neuronal. Contudo, as causas da doença ainda têm de ser claramente determinadas.
A hipótese da microbiota intestinal
Investigadores estão a considerar se a microbiota intestinal está envolvida na doença de Alzheimer: certas proteínas (péptidos amilóides) produzidas por bactérias “más” podem favorecer o desenvolvimento da doença. Por outro lado, bactérias “boas” podem desempenhar um papel protetor, abrandando a formação de placas amilóides.
Quebrar o impasse terapêutico
A microbiota intestinal pode representar um novo caminho na investigação terapêutica, já que não existe terapêutica de cura para a doença de Alzheimer. Apenas alguns medicamentos amenizam os sintomas e a sua eficácia é muito limitada. Por isso, alguns investigadores estão a considerar desenvolver trabalhos futuros sobre a doença por via da microbiota, através de alterações na dieta ou ingestão de probióticos.