A microbiota vaginal

Como cuidar da microbiota vaginal?

Há centenas de bactérias que povoam a vagina.1 Vejamos como funcionam e porque devemos cuidar da nossa microbiota!

Vaginal microbiota

21% Apenas 1 em cada 5 mulheres afirma saber o significado exato do termo "microbiota vaginal"

O que é exatamente a microbiota vaginal?

A microbiota vaginal, ou flora vaginal, consiste em centenas de bactérias e num menor número de fungos (Candida), que povoam a vagina.1

Para a maioria das mulheres (e contrariamente à microbiota intestinal), a microbiota vaginal encontra-se equilibrada quando sua diversidade é reduzida (cerca de 200 espécies bacterianas) e quando os lactobacilos – bactérias em forma de bastão – são predominantes.1

Todas as mulheres têm uma microbiota vaginal, mas a microbiota vaginal difere de mulher para mulher. Até à data, foram descritos cinco tipos principais de comunidades bacterianas vaginais:1,2

A microbiota vaginal é uma comunidade dinâmica, sujeita à influência de fatores onde se incluem a origem étnica, as hormonas sexuais, a contraceção hormonal, o comportamento sexual, o uso de irrigação vaginal, a dieta, o hábito de fumar, o ambiente social (por exemplo, o espaço habitado) e os genes.1,3

Paralelamente, a flora vaginal não vive isolada. O ânus e a entrada da vagina estão localizados um mesmo ao lado da outra, e as intestinal bactérias do primeiro podem colonizar a segunda. O intestino constitui assim um reservatório natural de lactobacilos para a vagina, o que é importante para o equilíbrio da flora vaginal.5,6,7

Como é que a microbiota vaginal se altera ao longo da vida?

O corpo evolui ao longo da vida, e a microbiota vaginal faz o mesmo. A composição da microbiota vaginal muda radicalmente desde a infância, ao passar pela idade adulta, e até à menopausa.1 As alterações hormonais modificam o ritmo das nossas vidas e afetam também a microbiota vaginal. Por exemplo, a menstruação altera temporariamente a diversidade microbiana da vagina.8 A microbiota desempenha também um papel importante no parto.1,10 Durante a gravidez, ocorrem mudanças fisiológicas destinadas a adaptar o corpo da mãe ao feto e vice-versa.9 Na mulher grávida, a microbiota vaginal é mais estável, menos rica e menos diversificada,9 com elevados níveis de estrogénio a assegurarem o predomínio total dos lactobacilos.1,8 Por último, na menopausa, a microbiota vaginal atinge um novo equilíbrio.10

Porque é que a microbiota vaginal é um fator fundamental para a saúde?

As bactérias da microbiota vaginal ajudam a manter um ambiente vaginal saudável.1 Algumas dessas bactérias, particularmente os lactobacilos, impedem que (sidenote: Microrganismos Organismos vivos que são pequenos demais para serem vistos a olho nu. Eles incluem as bactérias, os vírus, os fungos, as arqueas, os protozoários, etc... E são comumente chamados de “micróbios” Fonte: What is microbiology? Microbiology Society.
 
)
patogénicos se instalem na vagina.
Vários mecanismos têm sido sugeridos:

  • ao produzir ácido láctico, a microbiota promove um ambiente ácido (pH ≤ 4,5), inadequado para muitos dos agentes patogénicos11,12
  • compostos defensivos produzidos pela microbiota, tais como peróxido de hidrogénio (H2O2) ou substâncias antibacterianas (bacteriocinas), atacam bactérias, vírus e fungos potenciais intrusos11,12
  • a microbiota funciona como uma barreira, tornando difícil aos agentes patogénicos implantarem-se nas paredes vaginais. A presença de lactobacilos acelera a renovação do epitélio, ao qual os agentes patogénicos podem tentar fixar-se11,12
  • a microbiota facilita a produção, pelo epitélio vaginal, de um muco protetor que mantém os agentes patogénicos à distância11,12
  • ao estimular o sistema imunitário da mulher, a microbiota melhora a sua capacidade de lutar contra ataques de agentes patogénicos11,12

30% 3 em cada 10 mulheres sabem que a microbiota vaginal está equilibrada quando a sua diversidade bacteriana é baixa.

Que doenças estão asociadas a uma microbiota vaginal desequilibrada?

Stress, doenças, higiene excessiva (irrigação), medicamentos (antibióticos, etc.), álcool, tabaco... todos estes fatores podem afetar a composição da microbiota vaginal.8 Quando a composição da microbiota se encontra desequilibrada, temos aquilo a que chamamos “ (sidenote: Disbiose A "disbiose" não é um fenómeno homogéneo – varia em função do estado de saúde de cada indivíduo. É geralmente definida como uma alteração da composição e do funcionamento da microbiota, causada por um conjunto de fatores ambientais e relacionados com o indivíduo que perturbam o ecossistema microbiano. Levy M, Kolodziejczyk AA, Thaiss CA, et al. Dysbiosis and the immune system. Nat Rev Immunol. 2017;17(4):219-232. ) ”.8,11

A disbiose vaginal ocorre quando os lactobacilos, bactérias fundamentais da flora vaginal, perdem a sua predominância, abrindo caminho para microrganismos oportunistas virem colonizar a vagina.8,11 A presença destes está frequentemente associada a corrimentos vaginais, comichão (prurido) e ardor, ou ainda a um cheiro a peixe, mas também pode ser assintomática.8

Uma disbiose vaginal é associada a:

  • vaginose bacteriana , devido à colonização por bactérias patogénicas1 
  • candidíase, resultante da proliferação de um fungo8 
  • redução da fertilidade11
  • maior risco de      parto prematuro1

É de ter em conta que...

... as mulheres que sofram de vaginose bacteriana são mais propensas a contraírem doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) como a herpes, o papilomavírus, o VIH/SIDA ou infeções bacterianas (gonorreia, clamídia, tricomoníase).3,14

Sabendo o que tem impacto direto nela, como podemos cuidar da nossa microbiota vaginal?

É essencial cuidar da microbiota vaginal. A higiene íntima diária é crucial para prevenir a disbiose. Há por aí muitas informações falsas, pelo que é importante perceber o que se deve e o que não se deve fazer.     

Diariamente:

Embora a irrigação vaginal não seja recomendada, uma vez que altera a flora vaginal, a lavagem externa da vulva com um gel íntimo15 adequado ajuda a reduzir a acumulação indesejada de secreções vaginais, suor, urina e contaminantes fecais.16


Para se contribuir para a boa saúde da microbiota vaginal...

... a higiene continua a ser necessária,15 mas não chega.  Já existem ou estão a ser testadas várias opções para a microbiota vaginal:

  • Os Probióticos: são microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, oferecem benefícios para a saúde do hospedeiro.17,18 Podem reduzir ou corrigir de forma segura os desequilíbrios da microbiota. Os probióticos femininos, administrados através da vagina ou por via oral, podem ajudar a reequilibrar a flora vaginal, atenuar os sintomas e reduzir o risco de recorrência de várias infeções vaginais.13,19,20,21 Isto confirma-se tanto para mulheres em idade fértil como nas mulheres pós-menopausa.13,20,21
  • Os prebióticos: são fibras alimentares não digeríveis específicas que conferem benefícios para a saúde. São usados seletivamente por microrganismos benéficos na microbiota do hospedeiro.22,23 Quando adicionados a probióticos em produtos específicos, são conhecidos por simbióticos.24 prebióticos para mulheres, concebidos para promover um incremento dos lactobacilos e para ajudar a restaurar uma acidez vaginal saudável.19,25,26

Mas não é tudo!

Estudos recentes trouxeram à luz do dia novas opções terapêuticas para a modificação da microbiota vaginal, como o transplante de microbiota vaginal (TMV). Inspirado nos transplantes de microbiota fecal, o TMV implica enxertar a microbiota vaginal de uma mulher saudável noutra que sofra de disbiose vaginal. Trata-se de uma escolha promissora para a vaginose bacteriana refratária ou recorrente, embora até agora só tenha sido testada num número muito reduzido de pacientes (5 em 2019).27

Todas as informações deste artigo são provenientes de fontes científicas aprovadas. Tenha em conta que não são exaustivas. Apresentamos aqui a totalidade dos estudos dos quais retirámos todas estas informações.

Observatório Internacional de Microbiotas

Descubra os resultados de 2023
Fontes

1 Greenbaum S, Greenbaum G, Moran-Gilad J, et al. Ecological dynamics of the vaginal microbiome in relation to health and disease. Am J Obstet Gynecol. 2019 Apr;220(4):324-335.

Petrova MI, Lievens E, Malik S, et al. Lactobacillus species as biomarkers and agents that can promote various aspects of vaginal health. 2015 Front. Physiol. 6:81.

Lewis FM, Bernstein KT, Aral SO. Vaginal Microbiome and Its Relationship to Behavior, Sexual Health, and Sexually Transmitted Diseases. Obstet Gynecol. 2017;129(4):643-654.

Petricevic L, Domig KJ, Nierscher FJ, et al. Characterisation of the oral, vaginal and rectal Lactobacillus flora in healthy pregnant and postmenopausal women. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2012;160(1):93-99.

Reid G, Bruce AW, Fraser N, et al. Oral probiotics can resolve urogenital infections. FEMS Immunol Med Microbiol 2001;30: 49–52.

Antonio MA, Rabe LK, Hillier SL. Colonization of the rectum by Lactobacillus species and decreased risk of bacterial vaginosis. J Infect Dis 2005;192:394–8.

Hilton E, Isenberg HD, Alperstein P, et al. Ingestion of yogurt containing Lactobacillus acidophilus as prophylaxis for candidal vaginitis. Ann Intern Med 1992;116:353–7

Amabebe E, Anumba DOC. The Vaginal Microenvironment: The Physiologic Role of Lactobacilli. Front Med (Lausanne). 2018 Jun 13;5:181.

Gupta P, Singh MP, Goyal K. Diversity of Vaginal Microbiome in Pregnancy: Deciphering the Obscurity. Front Public Health. 2020 Jul 24;8:326.

10 Petrova MI, van den Broek M, Balzarini J, et al. Vaginal microbiota and its role in HIV transmission and infection. FEMS Microbiol Rev. 2013;37(5):762-792

11 Younes JA, Lievens E, Hummelen R, et al. Women and Their Microbes: The Unexpected Friendship. Trends Microbiol. 2018 Jan;26(1):16-32.

12 Kovachev S. Defence factors of vaginal lactobacilli. Crit Rev Microbiol. 2018 Feb;44(1):31-39.

13 Riepl M. Compounding to Prevent and Treat Dysbiosis of the Human Vaginal Microbiome. Int J Pharm Compd. 2018 Nov-Dec;22(6):456-465.

14  Torcia MG. Interplay among Vaginal Microbiome, Immune Response and Sexually Transmitted Viral Infections. Int J Mol Sci. 2019;20(2):266.

15 Bohbot JM, Rica E. Microbiote vaginal, la révolution rose. Editions Marabout. 288 p.

16 Chen Y, Bruning E, Rubino J, et al. Role of female intimate hygiene in vulvovaginal health: Global hygiene practices and product usage. Womens Health (Lond). 2017;13(3):58-67.

17 FAO/OMS, Joint Food and Agriculture Organization of the United Nations/ World Health Organization. Working Group. Report on drafting  guidelines for the evaluation of probiotics in food, 2002.

18 Hill C, Guarner F, Reid G, et al. Expert consensus document. The International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics consensus statement on the scope and appropriate use of the term probiotic. Nat Rev Gastroenterol Hepatol. 2014;11(8):506-514.

19 Gupta P, Singh MP, Goyal K. Diversity of Vaginal Microbiome in Pregnancy: Deciphering the Obscurity. Front Public Health. 2020 Jul 24;8:326.

20  de Vrese M, Laue C, Papazova E, et al. Impact of oral administration of four Lactobacillus strains on Nugent score - systematic review and meta-analysis. Benef Microbes. 2019;10(5):483-496.

21 Bohbot JM, Daraï E, Bretelle F, et al. Efficacy and safety of vaginally administered lyophilized Lactobacillus crispatus IP 174178 in the prevention of bacterial vaginosis recurrence [published correction appears in J Gynecol Obstet Hum Reprod. 2018 Apr;47(4):177]. J Gynecol Obstet Hum Reprod. 2018;47(2):81-86.

22 Gibson GR, Roberfroid MB. Dietary modulation of the human colonic microbiota: introducing the concept of prebiotics .J Nutr, 1995; 125:1401-12.

23 Gibson GR, Hutkins R, Sanders ME, et al. Expert consensus document: The International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics (ISAPP) consensus statement on the definition and scope of prebiotics. Nat Rev Gastroenterol Hepatol. 2017;14(8):491-502.

24 Markowiak P, Śliżewska K. Effects of Probiotics, Prebiotics, and Synbiotics on Human Health. Nutrients. 2017;9(9):1021.

25 Collins SL, McMillan A, Seney S, et al. Promising Prebiotic Candidate Established by Evaluation of Lactitol, Lactulose, Raffinose, and Oligofructose for Maintenance of a Lactobacillus-Dominated Vaginal Microbiota. Appl Environ Microbiol. 2018;84(5):e02200-17.

26 Shmagel A, Demmer R, Knights D, et al. The Effects of Glucosamine and Chondroitin Sulfate on Gut Microbial Composition: A Systematic Review of Evidence from Animal and Human Studies. Nutrients. 2019 Jan 30;11(2):294.

27 Lev-Sagie A et al. Vaginal microbiome transplantation in women with intractable bacterial vaginosis. Nat Med. 2019 Oct 7.

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Microbiota

@Microbiota_Inst, a conta do Instituto dedicada aos profissionais de saúde no Twitter

Informar, aproximar e partilhar. Biocodex Microbiota Institute lança uma conta no Twitter totalmente dedicada aos profissionais de saúde: @Microbiota_Inst

Devido à sua capacidade de chegar a milhões de pessoas, o Twitter é atualmente a rede social mais popularmente utilizada para a comunicação em matéria de cuidados de saúde. Biocodex Microbiota Institute junta-se a esta rede social com um objetivo: criar uma comunidade qualificada, gerando uma dinâmica mobilizadora em torno das últimas notícias sobre a microbiota.

Construir uma comunidade internacional de profissionais de saúde em torno da microbiota...

Os profissionais de saúde vão ter acesso a um vasto repositório de conteúdos científicos atualizados: as mais recentes publicações científicas, entrevistas de especialistas, dossiers temáticos, live-tweets de conferências (OMGE, ESPGHAN, etc.) e muito mais. Esta nova conta no Twitter (@Microbiota_Inst) foi concebida com o objetivo de alcançar a comunidade mais ampla dos profissionais de saúde que pretendam estar a par das últimas informações no domínio da microbiota. E falamos de profissionais de saúde, mas não só. Graças a este novo canal de comunicação, Biocodex Microbiota Institute pretende alargar o seu público entre as instituições académicas reconhecidas e os estudantes da área da saúde, não esquecendo a imprensa especializada, os congressos, as ordens profissionais, etc.

... E promover os mais recentes avanços terapêuticos e as potencialidades da microbiota na saúde

Através da partilha de notícias concretas sobre a microbiota, a partir dos conteúdos do site privativo do Instituto (uma compilação dos avanços da investigação destinada aos médicos) ou de tweets de outros profissionais de saúde, a conta Twitter do Instituto visa ser reconhecida como um parceiro útil e de confiança no que respeita à investigação e à prática clínica. O Twitter é a rede social a seguir para se conhecer e propagar o conhecimento científico sobre a microbiota. Era, assim, legítimo que o Instituto reforçasse a sua presença nesta plataforma internacional reconhecida nesse campo.

Sobre Biocodex Microbiota Institute

Biocodex Microbiota Institute é uma instituição científica internacional que visa a promoção da saúde através da divulgação do conhecimento sobre a microbiota humana. Para esse fim, o Instituto dirige-se tanto aos profissionais de saúde como ao público em geral no sentido de sensibilizar para o papel fundamental deste órgão ainda relativamente desconhecido do corpo humano. 

@Microbiota_Inst

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Contacte-nos

Olivier VALCKE

Responsável Editorial e de Relações Públicas
Telefone : +33 1 41 24 30 00
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Obtenha certificação em microbiota!

Necessita de formação prática em microbiota? Quer atualizar e melhorar os seus conhecimentos em apenas um par de horas?  Gostaria de reservar uma sessão privada de tutoria com um especialista internacional?  Xpeer Medical Education e o Biocodex Microbiota Institute lançam um conjunto de cursos destinados a melhorar o conhecimento dos médicos sobre a importância para a saúde da microbiota humana. 

Cursos gratuitos e com acreditação, disponíveis em 7 línguas

A ação de formação integra quatro módulos de uma hora com acreditação.  Só dispõe de 5 minutos? Não há problema, cada hora é preenchida por múltiplos vídeos de microaprendizagem. Está disponível um teste de avaliação no final do curso para a obtenção de créditos oficiais de formação contínua europeia em medicina, atribuídos pelo European Accreditation Council on Continuing Medical Education. Os cursos encontram-se disponíveis em 7 línguas: inglês, francês, espanhol, russo, polaco, turco e português. Tornados possíveis graças a um donativo incondicional do Biocodex Microbiota Institute, são inteiramente gratuitos e estão disponíveis exclusivamente na app Xpeer.

Reserve uma sessão privada de tutoria com um especialista através da app Xpeer

A primeira sessão, disponível em maio de 2021, terá por tema os Medicamentos e a Microbiota Intestinal. Ministrado pelo Professor Francisco Guarner Aguilar, MD, PhD, gastroenterologista e investigador sénior do Instituto de Investigação Vall d’Hebron (Barcelona), este curso destina-se a profissionais de saúde com um nível médio de conhecimentos sobre a microbiota. Graças a um resumo visual composto por 3 recomendações e 3 conceitos a rever, o profissional de saúde tem a possibilidade de aplicar imediatamente o que aprendeu com o seu próximo paciente.  Exclusivo: os profissionais de saúde podem também reservar uma sessão de tutoria privada com o Dr. Guarner na app Xpeer. Não espere, obtenha a certificação em microbiota!

Como aceder?

Descarregue a app Xpeer, inscreva-se e insira o código de referência SBIO21GUA1 ou siga diretamente para o menu principal. 

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O que é a Xpeer?

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O que vale a pena ler sobre as microbiotas

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Optimize a sua prática com as nossas ferramentas sobre a microbiota!
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As nossas ferramentas essenciais para colocar a microbiota no centro da sua prática e melhorar os cuidados dos pacientes

Diabetes do tipo 2

A diabetes é uma doença crónica relacionado com disfunção na produção ou uso de insulina, a hormona que regula o açúcar no sangue. A microbiota gastrointestinal foi identificada como um dos fatores ambientais responsáveis. 

A microbiota intestinal

Em 2015, 415 milhões de pessoas tinham diabetes. De acordo com as previsões da OMS, serão 642 milhões em 2040. Noventa por cento dos casos são diabetes tipo 2. 

Resistência à insulina, a principal causa de diabetes tipo 2

A principal causa de diabetes tipo 2 é o facto das células no corpo perderem a sensibilidade à insulina. Esta resistência à insulina torna a hormona ineficaz e leva a que o pâncreas produza mais até ao ponto de exaustão. Como resultado, o açúcar acumula-se no sangue, levando a hiperglicemia e complicações graves a longo prazo: enfarte do miocárdio, AVC, arterite nos membros inferiores, falência renal e cegueira.

Envolvimento da microbiota intestinal? 

Ainda que haja uma componente genética associada à diabetes tipo 2, o estilo de vida é o maior fator de risco para a doença – especialmente sedentarismo e uma dieta que inclua demasiada gordura e açúcar. Algumas gorduras e açúcares acionam uma resposta inflamatória associada a alterações metabólicas, o que por sua vez aumenta o nível de inflamação. Começa um círculo vicioso, no qual a microbiota gastrointestinal está envolvida porque está desequilibrada. Investigadores demonstraram que a microbiota intestinal está alterada na diabetes e que esta disbiose contribui para a doença.

Melhorias do estilo de vida

Acima de tudo, a diabetes trata-se com modificações do estilo de vida: perda de peso se necessário, atividade física regular e uma dieta equilibrada. É muitas vezes necessário introduzir medicação. 
O papel de certas bactérias intestinais e/ou probióticos na diabetes ainda tem de ser confirmado, mas os seus efeitos benéficos (particularmente no apetite e no açúcar no sangue) abriu um caminho para o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos para esta doença, que afeta milhões de pessoas. 

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Doença

Obesidade

É um flagelo mundial que quase triplicou num período de cinquenta anos.1 Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 39% dos adultos com idade igual ou superior a 18 anos têm excesso de peso e 13% são obesos.
E se lhe dissermos que, no centro dos intestinos, a nossa microbiota intestinal podia ter impacto sobre o nosso apetite, o nosso peso e a nossa capacidade de armazenar as gorduras?2

A microbiota intestinal

O que é a obesidade?

Na origem da obesidade e do excesso de peso, encontramos muito frequentemente um desequilíbrio entre as calorias que são absorvidas e as que são gastas pelo corpo, demasiado aporte de gorduras e açúcares nomeadamente em relação aos gastos energéticos reais.3,4 O aumento excessivo da massa adiposa daí resultante pode prejudicar a saúde e reduzir significativamente a esperança de vida.3 As pessoas com excesso de peso ou obesas correm um risco mais elevado de doenças cardiovasculares, mas também de diabetes de tipo 2.5,6 A obesidade também está associada a vários tipos de cancro (fígado, útero, etc.).6  O índice de massa corporal (IMC) permite ter uma indicação aproximada do excesso de peso e da obesidade. Para um adulto, a OMS estima que existe excesso de peso quando o IMC é igual ou superior a 25 e obesidade quando o IMC é igual ou superior a 30.1

E a microbiota no meio de tudo isto?

Entre as causas mais conhecidas da obesidade encontram-se uma predisposição genética, uma vida sedentária, a falta de sono, fatores psicológicos, uma alimentação desequilibrada demasiado rica em gorduras e em açúcares, etc. Mas, às vezes, adotar um estilo de vida virtuoso que combina desporto e alimentação saudável não é suficiente para eliminar o nosso excesso de peso.3 Então, de quem é a culpa?  Recentemente, o estudo da flora intestinal no paciente obeso permitiu constatar perturbações na composição da sua microbiota intestinal. Este desequilíbrio do ecossistema microbiano corresponde a uma disbiose.7 Sabia? Estudos em roedores mostraram que se transplantarmos para um ratinho a microbiota de um paciente obeso, ele também engorda!8 Espantoso? Estes novos conhecimentos oferecem uma esperança para a descoberta de novos tratamentos. De facto, as pessoas obesas teriam uma microbiota globalmente menos rica e menos diversificada,9 com menos bactérias "boas" como a Akkermansia muciniphila e as bifidobactérias, e mais bactérias potencialmente prejudiciais.8 E, nestes casos, a modificação do equilíbrio da microbiota permitiria ao intestino extrair com mais eficácia a energia daquilo que comemos e, assim, melhorar o armazenamento energético nas pessoas obesas ou com excesso de peso.8

Repercussões para além do intestino

O equilíbrio entre os aportes e os gastos energéticos depende, em parte, de uma comunicação bidirecional entre o intestino e o cérebro, aquilo a que os investigadores chamam o eixo intestino-cérebro.10 Esta comunicação é viabilizada entre os neurónios e as bactérias graças a moléculas "sinal", entre as quais estão os " (sidenote: Ácidos gordos de cadeia curta (AGCC) Os ácidos gordos de cadeia curta são uma fonte de energia (carburante) das células do indivíduo, interagem com o sistema imunitário e estão envolvidos na comunicação entre o intestino e o cérebro.   Silva YP, Bernardi A, Frozza RL. The Role of Short-Chain Fatty Acids From Gut Microbiota in Gut-Brain Communication. Front Endocrinol (Lausanne). 2020;11:25. ) " e os " (sidenote: Neurotransmissores Moléculas específicas que permitem uma comunicação entre os neurónios (as células nervosas do cérebro), mas também com as bactérias da microbiota. São produzidas tanto pelas células do indivíduo como pelas bactérias da microbiota.   Baj A, Moro E, Bistoletti M, Orlandi V, Crema F, Giaroni C. Glutamatergic Signaling Along The Microbiota-Gut-Brain Axis. Int J Mol Sci. 2019;20(6):1482. ) ".5,6,11 A microbiota intestinal, através desses mensageiros, ajuda o cérebro a regular o equilíbrio energético, o apetite e a sensação de saciedade,6 mas também ajusta o humor e o comportamento alimentar.9,10 Verifica-se que a microbiota intestinal e a obesidade estão indissociavelmente ligadas; quando a microbiota intestinal é alterada, isso provoca perturbações ao nível da digestão, do sistema de defesa, mas também com o cérebro com o qual comunica para gerir a fome.9 À semelhança de um circuito elétrico fechado, os diferentes "aparelhos" estão ligados entre si e permitem que as informações (boas ou más) circulem entre o intestino e o cérebro. 

Uma microbiota modificada para emagrecer?

A solução parece ser evidente: emagrecer e eliminar quilos cuidando da sua microbiota! Não é assim tão simples, dirão os especialistas; é necessário compreender a forma como a alimentação, os probióticos e os prebióticos ou até mesmo o transplante de microbiota fecal (TMF) influenciam o ecossistema da nossa microbiota intestinal. 

  • Alimentação: Como já vimos, a alimentação é o primeiro fator de risco de obesidade. Também é a principal alavanca de modulação da microbiota. Até à data, não foi estabelecida nenhuma ligação categórica entre a ação sobre a flora intestinal e a importância da perda de peso.12 No entanto, a resposta a um regime alimentar seria devida à composição inicial da nossa microbiota intestinal.7,11
  •  Probióticos: Vários estudos realizados em animais mostram que determinados probióticos se destacam e teriam efeitos sobre o perfil metabólico, o aumento de peso ou até mesmo a saciedade em roedores.2,7,13,14 Os resultados são encorajadores em seres humanos, mesmo com dados mais reduzidos, determinados probióticos específicos tiveram impacto sobre o peso, o IMC, o perímetro abdominal, a gordura corporal e o perfil metabólico.2,5,6
  •  Prebióticos: Quanto aos prebióticos, os resultados são divergentes em seres humanos, embora os seus efeitos benéficos tenham sido amplamente demonstrados em laboratório2. Globalmente, os estudos salientam um efeito dos prebióticos sobre a saciedade7, mas infelizmente sem repercussões no peso.2
  • Transplante de microbiota fecal: Estão a ser estudadas outras terapias de modulação da microbiota intestinal, como o transplante de microbiota fecal (TMF) utilizado atualmente para tratar a infeção recorrente de Clostridioides difficile. Os investigadores avaliam o seu benefício potencial para corrigir a disbiose, atuar sobre o comportamento alimentar e o metabolismo energético.7
Fontes

1  https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/obesity-and-overweight

2  Cerdó T, García-Santos JA, G Bermúdez M, et al. The Role of Probiotics and Prebiotics in the Prevention and Treatment of Obesity. Nutrients. 2019;11(3):635.

Blüher M. Obesity: global epidemiology and pathogenesis. Nat Rev Endocrinol. 2019;15(5):288-298.

4  Maruvada P, Leone V, Kaplan LM, et al. The Human Microbiome and Obesity: Moving beyond Associations. Cell Host Microbe. 2017;22(5):589-599.

Barathikannan K, Chelliah R, Rubab M, et al. Gut Microbiome Modulation Based on Probiotic Application for Anti-Obesity: A Review on Efficacy and Validation. Microorganisms. 2019;7(10):456.

6  Abenavoli L, Scarpellini E, Colica C, et al. Gut Microbiota and Obesity: A Role for Probiotics. Nutrients. 2019;11(11):2690. 

Levy M, Kolodziejczyk AA, Thaiss CA, Elinav E. Dysbiosis and the immune system. Nat Rev Immunol. 2017;17(4):219-232.

Lee CJ, Sears CL, Maruthur N. Gut microbiome and its role in obesity and insulin resistance. Ann N Y Acad Sci. 2020;1461(1):37-52.

Mulders RJ, de Git KCG, Schéle E, et al. Microbiota in obesity: interactions with enteroendocrine, immune and central nervous systems. Obes Rev. 2018;19(4):435-451.

10 Torres-Fuentes C, Schellekens H, Dinan TG, et al. The microbiota-gut-brain axis in obesity. Lancet Gastroenterol Hepatol. 2017;2(10):747-756.

11 Rastelli M, Knauf C, Cani PD. Gut Microbes and Health: A Focus on the Mechanisms Linking Microbes, Obesity, and Related Disorders. Obesity (Silver Spring). 2018;26(5):792-800.

12 Seganfredo FB, Blume CA, Moehlecke M, et al. Weight-loss interventions and gut microbiota changes in overweight and obese patients: a systematic review. Obes Rev. 2017;18(8):832-851.

13 Lucas N, Legrand R, Deroissart C, et al. Hafnia alvei HA4597 Strain Reduces Food Intake and Body Weight Gain and Improves Body Composition, Glucose, and Lipid Metabolism in a Mouse Model of Hyperphagic Obesity. Microorganisms. 2019;8(1):35.

14 Legrand R, Lucas N, Dominique M, et al. Commensal Hafnia alvei strain reduces food intake and fat mass in obese mice-a new potential probiotic for appetite and body weight management. Int J Obes (Lond). 2020;44(5):1041-1051. 

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Doença

Cistite e microbiota

A cistite é a inflamação da bexiga, mais comummente causada por infeções urinárias. A bactéria Escherichia coli, vinda do intestino, é a causa principal. As mulheres são mais afetadas que os homens. 

A microbiota vaginal
Cystitis

45% Quase 1 em cada 2 mulheres afirmam fazer duches vaginais, apesar de serem prejudiciais para a sua microbiota vaginal

As cistites afetam 30 % das mulheres pelo menos uma vez na vida, com um pico de frequência entre os 20 e os 30 anos. É 50 vezes mais comum nas mulheres do que nos homens. Os sintomas incluem uma sensação de ardor ao urinar, a urgência urinária e uma urina baça e com um cheiro desagradável. É simples de tratar, mas bastante recorrente. 

Mulheres mais afetadas

Alguns fatores fazem com que as mulheres sejam mais afetadas: menor comprimento da uretra, contacto sexual, uso de cateteres, incontinência urinária, menopausa e gravidez. Anomalias anatómicas e diabetes são também fatores de risco. Higiene íntima em demasia ou falta dela estão também implicadas no aparecimento da cistite. 

Uma origem intestinal

Em 90 % dos casos, a cistite é causada pela bactéria Escherichia coli. Esta bactéria está naturalmente presente na microbiota intestinal. Pode penetrar na uretra, viajar até à bexiga e multiplicar-se lá. 

Tratamento padronizado

O tratamento mais normal e eficaz para a cistite são os antibióticos. Contudo, o reaparecimento é comum. Algumas medidas podem preveni-la (beber água, higiene, etc.). Os estudos demonstraram os benéficos de tomar probióticos, como certos lactobacilos. É de notar que o arando-vermelho, uma baga,  pode desempenhar um papel na prevenção do reaparecimento das cistites, mas o seu efeito ainda não foi claramente demonstrado. 

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Doença

Doença celíaca

A doença celíaca é uma doença digestiva autoimune provocada pela intolerância ao glúten. Múltiplos fatores têm influência, incluindo um desequilíbrio da flora intestinal. 

A microbiota intestinal
Celiac disease

O glúten é uma substância que está naturalmente presente no trigo, cevada e centeio. Ao contrário de uma alergia ao glúten, uma intolerância aparece aos poucos e pode permanecer não notada por muitos anos. Nos países ocidentais, é afetada entre 0,7 e 2 % da população. 

Uma doença muitas vezes assintomática

Na sua forma clássica, a doença celíaca começa por volta dos 6 meses de idade, depois da introdução dos primeiros cereais na dieta. Os sintomas clássicos são diarreia crónica, falta de apetite e apatia. Contudo, a maior parte das vezes a doença celíaca é assintomática.

A predisposição genética na origem?

A doença celíaca aparece em pessoas que têm uma predisposição genética para a mesma. O seu sistema imunitário produz anticorpos na presença do glúten que atacam a parede do intestino. O resultado é que a digestão se altera e os nutrientes não são tão bem absorvidos. Outros fatores estão envolvidos como a idade em que o glúten é introduzido e repetidas infeções intestinais. De acordo com uma hipótese que é fundamentada pela existência de disbiose nestes doentes, a microbiota gastrointestinal pode também desempenhar um papel desencadeador ou agravador. A flora gastrointestinal contém menos bactérias benéficas e mais germes potencialmente patogénicos em comparação com indivíduos saudáveis. Uma dieta sem glúten reduz o desequilíbrio, mas não pode corrigi-lo de todo.

O diagnóstico centra-se num exame clínico e na presença de sinais indicativos juntamente com a pesquisa de anticorpos específicos no sangue e uma biopsia (se necessário). A predisposição genética tem sido comprovada através de estudo genético (tipificação HLA).

Modificação da microbiota como prevenção

O único tratamento para a doença celíaca é a remoção do glúten da dieta. Contudo, outra abordagem – visando a disbiose – tem investigadores interessados. Consiste em modificar a microbiota gastrointestinal para prevenir a evolução da doença, em casos de risco genético acrescido ou para melhorar formas que sejam graves ou até resistentes à dieta sem glúten.

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Doença

Cancro do estômago

O cancro colorretal e o cancro do estômago são dois cancros gastrointestinais cujas origens são provavelmente influenciadas pela microbiota intestinal. 

A microbiota intestinal
stomach cancer

Cancro colorretal, a importância dos fatores ambientais

O cancro colorretal é o 2.º cancro mais mortífero, com 694 000 mortes por ano em todo o mundo. Os fatores genéticos são uma causa significativa, mas minoritária do cancro gastrointestinal, que está mais relacionado com fatores ambientes como um estilo de vida sedentário, obesidade e, em particular, uma dieta desequilibrada, o que causa disbiose intestinal. Além do mais, a hipótese de existir uma relação entre este cancro e um desequilíbrio entre espécies de bactérias perigosas e benéficas é mais que provável.

O cancro colorretal não apresenta sintomas durante um longo período de tempo, manifestando-se depois através de complicações persistentes ou repentinas do trânsito intestinal: obstipação, diarreia, uma constante vontade de ir à casa-de-banho, etc.

A pesquisa de sangue nas fezes e a colonoscopia são dois métodos de primeira linha para detetar o cancro colorretal.
O tratamento passa pela cirurgia, com remoção de parte do cólon, algumas vezes acompanhado de quimio ou radioterapia.

Bactérias responsáveis por 80 % dos cancros do estômago

Apesar dos vários fatores de risco identificados (tabagismo, dieta, história familiar, predisposição genética), a principal causa de cancro do estômago é a Helicobacter pylori, uma bactéria patogénica que causa a gastrite crónica.

Os sintomas não são muito específicos: dor de estômago, náusea e vómitos constantes e uma mudança do estado geral. Apenas a endoscopia do estômago e do esófago pode confirmar este diagnóstico.

A cirurgia é o tratamento de referência para tumores localizados, com remoção parcial ou total do estômago. Para formas locais avançadas, os médicos associam ainda quimioterapia.

Restauração da microbiota, a terapêutica do futuro?

Desde que a relação entre bactérias e cancros gastrointestinais parece mais que provável, a manipulação da microbiota com probióticos e prebióticos tem vindo a ser estudada como um potencial tratamento. 

Fontes

World Cancer Research Fund International, Colorectal cancer statistics http://www.wcrf.org/int/cancer-facts-figures/data-specific-cancers/colorectal-cancer-statistics

GLOBOCAN project, Colorectal Cancer Estimated Incidence, Mortality and Prevalence Worldwide in 2012 

InCA. Estimation nationale de l'incidence et de la mortalité par cancer en France entre 1980 et 2012. InCA, 2013. http://www.e-cancer.fr/content/download/63256/569357/file/Estimation-nationale-incidence-mortalite-par-cancer-France-1980-2012-Partie-1-V2.pdf

Zeller G, Tap J, Voigt AY, et al. Potential of fecal microbiota for early-stage detection of colorectal cancer. Mol Syst Biol 2014 ; 10 : 766.

Le cancer de l'estomac : points clés. Institut national du cancer. http://www.e-cancer.fr/Patients-et-proches/Les-cancers/Cancer-de-l-estomac/Points-cles

Sobhani I, Tap J, Roudot-Thoraval F, Roperch JP, Letulle S, et al. Microbial Dysbiosis in Colorectal Cancer (CRC) Patients. PLOS ONE 2011 ; 6(1): e16393.

Wang LL, Yu XJ, Zhan SH, Jia SJ, et al. Participation of microbiota in the development of gastric cancer. World Journal of Gastroenterology : WJG. 2014 ; 20(17):4948-4952.

Mehta RS, Nishihara R, Cao Y, et al. Association of Dietary Patterns With Risk of Colorectal Cancer Subtypes Classified by Fusobacterium nucleatum in Tumor Tissue [published correction appears in JAMA Oncol. 2019 Apr 1;5(4):579]. JAMA Oncol. 2017;3(7):921-927.

Microbiote intestinal et santé. Inserm, février 2016. http://www.inserm.fr/thematiques/physiopathologie-metabolisme-nutrition/dossiers-d-information/microbiote-intestinal-et-sante

Sobhani I, Amiot A, Le Baleur Y, et al. Microbial dysbioses and colon carcinogenesis: could colon cancer be considered a bacteria-related disease? Ther Adv Gastroenterol 2013 ; 6 : 215-29.

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Doença