Pr. Shifrin (vencedor russo em 2020): Microbiota intestinal e antibióticos

Para comemorar o Dia Mundial da Microbiota (#WorldMicrobiomeDay), o Biocodex Microbiota Institute passa a palavra aos beneficiários de Bolsas nacionais.

WMD_Foundation KOL Russia 2020

Pr. Oleg Shifrin

Gastroenterologista da mais elevada categoria de qualificação, Chefe do departamento de doenças crónicas dos intestinos e pâncreas do Hospital Clínico Universitário n.º 2, Doutor em Ciências Médicas, professor do departamento de propedêutica de doenças internas, gastroenterologia e hepatologia da Primeira Universidade Médica do Estado de Moscovo (Universidade Sechenov, Rússia).

Membro do grupo para o desenvolvimento de diretivas clínicas nacionais. Áreas de interesse: conceito diagnóstico de "esteatose pancreática" e "esteatopancreatite", relação clínica entre esteatose pancreática e síndrome metabólica; relação clínica entre o aparecimento de DII e a evolução posterior da doença para o desenvolvimento de planos de tratamento personalizado do paciente; prevalência e características clínicas das infeções por Helicobacter pylori e por Clostridium em pacientes com colite ulcerosa.

O que é que a bolsa nacional permitiu descobrir na sua área de investigação da microbiota?

A Bolsa nacional possibilitou estudar detalhadamente os efeitos da antibioticoterapia sobre as mudanças qualitativas e quantitativas na composição da microbiota intestinal, bem como sobre a concentração e o espectro dos metabolitos bacterianos - ácidos gordos de cadeia curta. Foi estudado pela primeira vez o efeito da antibioticoterapia na permeabilidade intestinal seletiva. Foi estabelecida uma relação entre a antibioticoterapia e a ocorrência de sintomas caraterísticos de doenças funcionais do trato gastrointestinal.

Os antibióticos são uma descoberta científica extraordinária que salva milhões de vidas, mas a sua utilização excessiva e inapropriada tem agora suscitado sérias preocupações para a saúde, nomeadamente com a resistência aos antibióticos e a disbiose. Vejamos a sua página dedicada.

O papel ambivalente dos antibióticos

Ao destruírem as bactérias responsáveis pelas infeções, também têm impacto na m…

O que é a Semana Mundial de Conscientização sobre a RAM?

Todos os anos, desde 2015, a OMS organiza a Semana Mundial de Conscientização sobre a RAM (WAAW), que tem como objetivo aumentar a sensibilização para a resistência aos antimicrobianos a nível global. Realizada entre 18 e 24 de novembro, esta campanha incentiva o público em geral, os profissionais de saúde e os decisores a utilizarem cuidadosamente os antimicrobianos, a fim de evitar o surgimento de uma maior resistência aos antimicrobianos. 

Quais são as consequências para os pacientes?

Espera-se que os resultados do projeto possibilitem determinar um mecanismo patogenético adicional para a formação de sintomas das doenças gastrointestinais funcionais e se tornem numa base para se desenvolver a forma ideal de preveni-los.

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Artigo Gastroenterologia

Pr. Maslennikov (vencedor russo em 2019): Probióticos e cirrose

Para comemorar o Dia Mundial da Microbiota (#WorldMicrobiomeDay), o Biocodex Microbiota Institute passa a palavra aos beneficiários de Bolsas nacionais.

Pr. Roman Maslennikov

Clínico geral, gastroenterologista e reumatologista em clínicas de Moscovo e professor assistente na Universidade Sechenov, o Dr. Maslennikov combina o ensino da medicina interna com atividades científicas. As suas áreas de investigação são as doenças dos órgãos internos, em particular os órgãos do sistema digestivo e o tecido conjuntivo, bem como a microbiota humana.

O que é que a bolsa nacional permitiu descobrir na sua área de investigação da microbiota?

A bolsa permitiu-nos uma melhor compreensão da patogénese da cirrose e a possibilidade de impacto de probióticos em alguns trechos da mesma.1,2

Quais são as consequências para os pacientes? 

Os resultados do nosso estudo podem demonstrar as vantagens da utilização de probióticos para o tratamento da cirrose, o que pode melhorar a qualidade de vida e o prognóstico desses pacientes.

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Artigo Medicina geral Gastroenterologia Reumatologia

Dr. Faria e Pr. Pimentel-Santos (vencedor de Portugal em 2020): Microbiota e espondiloartrose e terapia de artrite reumatóide

Para comemorar o Dia Mundial da Microbiota (#WorldMicrobiomeDay), o Biocodex Microbiota Institute passa a palavra aos beneficiários de Bolsas nacionais.

WMD_Foundation KOL Portugal 2020

Dr. Ana Faria & Pr. Fernando Pimentel-Santos

Dr. Ana Faria
Investigadora e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Nova. As suas áreas de investigação são as estratégias para a modulação da microbiota com impacto na saúde e na doença, e em especial enquanto possível agente de prognóstico da evolução das doenças e da eficácia terapêutica.

Pr. Fernando Pimentel-Santos
Investigador Principal do Laboratório de Doenças Reumáticas e Professor de Reumatologia da Faculdade de Medicina da NOVA. A identificação de biomarcadores clínicos, genéticos, proteicos e da microbiota para fins diagnósticos e terapêuticos é o principal tema da sua investigação.

O que é que a bolsa nacional permitiu descobrir na sua área de investigação da microbiota?

A espondiloartrite (SpA) e a artrite reumatoide (AR) estão entre as doenças reumáticas inflamatórias crónicas mais vulgares e a progressão dessas doenças pode levar a danos ósseos e articulares irreversíveis. A SpA e a AR são causa importante de incapacidade funcional, com graves consequências para as atividades diárias, a saúde mental e a qualidade de vida dos pacientes.
A introdução de fármacos biológicos antirreumáticos modificadores da doença (bDMARDs), como os inibidores de TNF (TNFi), iniciou uma nova era no tratamento da SpA e da AR, com notável eficácia. No entanto, uma percentagem significativa de pacientes apresenta efeitos secundários graves ou continua a não responder ou a responder de forma incompleta a esses dispendiosos tratamentos.
A Bolsa do Biocodex Microbiota Foundation permite-nos a caraterização da microbiota em pacientes que iniciam o tratamento por bDMARDs e após 14 semanas. Isso representa a possibilidade de identificarmos biomarcadores na linha de base, contribuindo para o reconhecimento de pacientes com maior potencial de resposta à terapia por TNFi.

Quais são as consequências para os pacientes?

A identificação antes do tratamento de perfis de microbiota que possam estar relacionados com a eficácia terapêutica dos bDMARDs é crucial para orientar a decisão terapêutica. Os doentes beneficiarão de um tratamento mais preciso. Num futuro próximo, esperamos promover ações corretivas direcionadas para a microbiota e com essas ações melhorar a eficácia terapêutica dos bDMARDs.

Deseja saber mais sobre o Dr Ana Faria e Pr. Fernando Pimentel-Santos

Do seu ponto de vista, qual foi o maior avanço dos últimos anos relacionado com a microbiota?

       Não podemos dizer que seja o maior avanço, mas achamos muito interessante a hipótese de a microbiota disbiótica ser um fator transmissível. Essa hipótese surgiu no artigo publicado na Science em 20201, o qual demonstra que a microbiota disbiótica cumpre os postulados de Koch e pode ser transmitida a outros indivíduos, alterando a respetiva microbiota e contribuindo para a suscetibilidade a doenças e para a disseminação de doenças não contagiosas.
 

Pensa que existe recentemente um interesse crescente pela microbiota?

       A microbiota tem conquistado atenções nas últimas duas décadas porque se tornou evidente que o seu papel no hospedeiro vai além da fermentação. A associação de uma microbiota modificada, menos abundante e menos rica, com a doença, trouxe à tona e motivou estudos científicos que estabeleceram e destacaram a importância da microbiota, como no caso das doenças reumáticas.
 

Tem alguma sugestão para cuidarmos da nossa microbiota?

      O fator modificável melhor conhecido para além dos antibióticos é a alimentação. Portanto, os hábitos alimentares saudáveis, como a dieta mediterrânea, podem ser uma maneira fácil de cuidarmos da nossa microbiota. Há também evidências crescentes da possibilidade de se modular a microbiota, o que representa uma opção terapêutica fantástica.

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Artigo Reumatologia

Anorexia: a pista da microbiota intestinal?

E se a anorexia mental, que ainda mata entre 5 e 16% dos pacientes, estivesse ligada a uma bactéria da nossa microbiota intestinal: Roseburia? Ou, ao contrário, à ausência desta bactéria. Uma nova esperança terapêutica em estudo? 

A microbiota intestinal
Anorexie : la piste du microbiote intestinal ?

Ver-se enorme quando se é magra (dismorfofobia), experienciar um medo de pânico quando pensa em ganhar as mínimas gramas: estas são as principais características da anorexia mental. E se a microbiota intestinal estivesse envolvida? 

 

entre 5 e 16% anorexia mental, ainda mata entre 5 e 16% dos pacientes

Anorexia mental: um TCA muito feminino

Este transtorno da conduta alimentar (TCA), que aparece em geral na adolescência, afeta principalmente as mulheres (os homens são 10 vezes menos atingidos). Entre 0,9% e 3% de mulheres sofrem disto, infligindo ou criando restrições alimentares ou episódios de bulimia, seguidos de expulsão por vómito e/ou utilização de laxantes.

Roseburia: bactérias fora do alcance...

Muitos estudos tentaram avaliar a implicação da microbiota intestinal na patologia, levando a resultados divergentes. Para se ter uma ideia, uma equipa passou pela peneira os dados de 3 estudos precedentes, comparando a composição da microbiota intestinal de pacientes anoréxicas versus testemunhas saudáveis. Os resultados? Apenas as espécies bacterianas do género Roseburia estão em baixa nas pessoas anoréxicas. E nada parece poder mudar realmente este estado. Nem mesmo os cuidados hospitalares que originam a melhoria do estados das pacientes, nem mesmo o aumento de peso: estas bactérias continuam a ser menos abundantes e menos diversificadas nos pacientes anoréxicos. O que sugere que estas bactérias intestinais teriam um papel no estabelecimento da doença... Afastando a hipótese de que a sua diminuição poderia ser consequência da doença.

A microbiota intestinal

Saiba mais

... com saúde física, mental e social 

Ora, as Roseburia são os aliados da saúde da nossa microbiota intestinal: ao decompor as fibras que o nosso sistema digestivo não digeriu, elas fabricam os (sidenote: Ácidos Gordos de Cadeia Curta (AGCC) Os Ácidos Gordos de Cadeia Curta são uma fonte de energia (carburante) das células do indivíduo, interagem com o sistema imunitário e estão envolvidos na comunicação entre o intestino e o cérebro. Silva YP, Bernardi A, Frozza RL. The Role of Short-Chain Fatty Acids From Gut Microbiota in Gut-Brain Communication. Front Endocrinol (Lausanne). 2020;11:25. ) . Estes pequenos ácidos gordos são conhecidos por regular a inflamação e manter o equilíbrio das nossas funções intestinais: graças a eles, a nossa barreira epitelial é fortalecida e o trânsito do nosso cólon corretamente regulado. E isto não é tudo: o efeito benéfico da Roseburia vai para além da nossa saúde digestiva, uma vez que a sua presença parece andar a par da melhora de diversos marcadores de saúde do nosso organismo, como a concentração no nosso sangue de triglicéridos, pré-albumina ou ferro, por exemplo. Por fim, a cereja no topo do bolo, mesmo que este ponto ainda precise de ser confirmado: A Roseburia poderia assim ajudar-nos a ver a vida em tons cor-de-rosa, a sua depleção sendo associada a sintomas depressivos frequentemente observados em anoréxicos.

É o suficiente para dar alguma esperança frente a uma doença multifatorial, com frequentes recaídas e cujo resultado pode ser fatal, em detrimento das complicações e suicídios frequentemente associados.
Caso a acompanhar.

Recomendado pela nossa comunidade

"Finalmente alguém deu uma pista sobre isto..." Comentário traduzido de Dorathy Wasilewski (Da My health, my microbiota)

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Afecções urinárias

As infecções urinárias podem afetar tanto mulheres quanto homens. Quer aprofundar a conexão entre intestino e sistema urinário e entender como ela funciona? Isso não se trata apenas do seu intestino - o equilíbrio da microbiota do pénis, da microbiota vaginal e até da micorbiota intestinal podem estar envolvidos nesses distúrbios urinários, de acordo com pesquisas científicas. Descubra tudo o que você precisa saber sobre esses distúrbios de coceira e arranhões, e sua ligação com a microbiota.

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Pr. Sampaio-Maia (vencedor em Portugal em 2021): Microbiota intestinal e obesidade

Para comemorar o Dia Mundial da Microbiota (#WorldMicrobiomeDay), o Biocodex Microbiota Institute passa a palavra aos beneficiários de Bolsas nacionais.

Pr. Benedita Sampaio-Maia

Pr. Benedita Sampaio-Maia é Professora Assistente da Faculdade de Medicina Dentária e investigadora responsável do Grupo de Nefrologia e Doenças Infeciosas do I3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, ambos instituições da Universidade do Porto.

Dedica-se atualmente à investigação do papel da microbiota humana na saúde e na doença, nomeadamente nas doenças cardiometabólicas (obesidade, hipertensão, doença renal crónica), à compreensão do impacto dessas doenças (da mãe) na aquisição e maturação da microbiota no início da vida, e ao estudo da ação do eixo intestino-cérebro nas perturbações do desenvolvimento neurológico e nos traços de personalidade.

O que é que a bolsa nacional permitiu descobrir na sua área de investigação da microbiota?

A Bolsa Portuguesa Biocodex Microbiota Foundation permitiu-nos, num primeiro momento, compreender o impacto da obesidade materna na aquisição e maturação da microbiota intestinal da criança ao longo do primeiro ano de vida. No início da vida, o estabelecimento, desenvolvimento e maturação da microbiota são modelados por interações entre as comunidades microbianas e entre elas e o hospedeiro, nas quais a mãe desempenha um papel fundamental, pois representa a fonte mais importante de microrganismos. Tem sido sugerido que a transferência de microbiota obesogénica entre mãe e filho será uma possível via para a transmissão intergeracional da obesidade. Tendo em conta que o início da vida representa um período crítico para a estimulação imunitária, a disbiose intestinal pode comprometer o desenvolvimento de um fenótipo imunitário equilibrado. Portanto, a nosso segunda etapa irá desvendar o impacto de uma microbiota intestinal disbiótica e obesogénica adquirida da mãe no advento do sistema imunitário.

Quais são as consequências para os pacientes?

Com o apoio da Biocodex Microbiota Foundation, prevemos poder compreender o impacto da obesidade materna na microbiota intestinal da criança e desvendar o impacto de uma microbiota disbiótica no início da vida na estimulação e regulação do sistema imunitário até um ano após o parto. A compreensão de como a microbiota intestinal disbiótica adquirida da mãe exerce impacto sobre o advento do sistema imunitário pode revelar novas estratégias de prevenção de doenças por meio da manipulação da microbiota intestinal no início da vida, abrindo novos caminhos para o desenvolvimento de ferramentas de diagnóstico e de terapêuticas inovadoras e personalizadas.

Deseja saber mais sobre o Pr. Sampaio-Maia

Do seu ponto de vista, qual foi o maior avanço dos últimos anos relacionado com a microbiota?

       A descoberta do eixo intestino-cérebro.
 

Pensa que existe recentemente um interesse crescente pela microbiota?

       Claro.
 

Tem alguma sugestão para cuidarmos da nossa microbiota?

      Comer uma grande variedade de alimentos para se poder ter também uma grande diversidade nos micróbios que vivem no nosso intestino.
 

Há alguma situação curiosa ou facto/história surpreendente que possa partilhar sobre a sua investigação?

       Lidar com fezes é sempre a tarefa “maravilhosa”.
 

Qual é, para si, a bactéria mais fascinante?

       Para mim, não se trata de uma bactéria em particular, o que mais me fascina é a relação simbiótica que as bactérias desenvolvem entre elas e o hospedeiro.
 

Lembra-se de alguém que lhe sirva de exemplo? (na área de investigação? / na medicina? / em geral?)

       Anton van Leeuwenhoek pela sua curiosidade, e por desvendar este gigantesco mundo invisível.

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Artigo Pediatria Nefrologia Rim

Exploram a microbiota: descobrem os projectos vencedores nacionais da Biocodex Microbiota Foundation

Desde 2017, Biocodex Microbiota Foundation premeia iniciativas nacionais de investigação que visem compreender a interação entre a microbiota e várias doenças. Para comemorar o Dia Mundial da Microbiota (#WorldMicrobiomeDay), o Biocodex Microbiota Institute passa a palavra aos beneficiários de Bolsas nacionais.

O que é que a Bolsa de investigação nacional da Biocodex Microbiota Foundation lhes permitiu fazer? Qual o impacto dos resultados da sua investigação na assistência aos pacientes? Descubram as respostas deles.

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Artigo

O que me está a deixar de tão bom humor hoje?

Considerado o “segundo cérebro", o nosso intestino dialoga permanentemente com o nosso cérebro e vice-versa. É o que chamamos de eixo intestino-cérebro. Uma disfunção deste eixo pode estar envolvido em alguns distúrbios neuropsiquiátricos: ansiedade, depressão, distúrbio de atenção... Ainda está em estudo: adaptar a microbiota intestinal pela alimentação ou administração de probióticos permitia prevenir, até mesmo tratar estes distúrbios.

Além disso, alguns alimentos serão mesmo suscetíveis de provocar um “feel good effect”.

Então, qual é a ligação entre a sua flora intestinal e o seu humor? Resposta abaixo!

A microbiota intestinal Perturbações de humor Perturbações de ansiedade Já ouviu falar de “disbiose”? Dieta: Impacto na Microbiota Intestinal

O diálogo entre o nosso cérebro e o nosso intestino regula o nosso humor

Com os seus 200 milhões de neurónios e os seus milhares de milhões de bactérias intestinais, o nosso intestino não desmerece o seu apelido de “segundo cérebro”. Particularmente ativo, ele participa na nossa saúde tanto física como mental.1

O nosso tubo digestivo e o nosso cérebro conversam constantemente, mas a comunicação entre os dois pode ser perturbada quando a nossa microbiota intestinal está alterada e se instala um processo inflamatório.

 

200 milhões de neurónios nos intestinos

1 milhares de milhões de bactérias intestinais

A perturbação da microbiota intestinal, também chamada de “disbiose”, está envolvida em diversos transtornos da saúde mental (depressão, ansiedade...).2 De facto, alguns estudos realizados no homem (ainda que pouco numerosos) parecem destacar uma diminuição significativa da riqueza da microbiota intestinal nos pacientes afetados por transtornos mentais.3

Eixo intestino-cérebro: como funciona?

As bactérias intestinais dialogam com o nosso cérebro produzindo moléculas chamadas “neurotransmissores”: as mais conhecidas, a serotonina e a dopamina, regulam o nosso humor.4 Segundo os cientistas, estes (sidenote: Neurotransmissores Moléculas específicas que permitem uma comunicação entre os neurónios (as células nervosas do cérebro), mas também com as bactérias da microbiota. São produzidas tanto pelas células do indivíduo como pelas bactérias da microbiota.   Baj A, Moro E, Bistoletti M, Orlandi V, Crema F, Giaroni C. Glutamatergic Signaling Along The Microbiota-Gut-Brain Axis. Int J Mol Sci. 2019;20(6):1482. ) atuam nas células da parede do nosso intestino. A mensagem chega assim ao cérebro através dos neurónios do tubo digestivo.5

Outro facilitador de informação: os (sidenote: Ácidos gordos de cadeia curta (AGCC) Os ácidos gordos de cadeia curta são uma fonte de energia (carburante) das células do indivíduo, interagem com o sistema imunitário e estão envolvidos na comunicação entre o intestino e o cérebro.   Silva YP, Bernardi A, Frozza RL. The Role of Short-Chain Fatty Acids From Gut Microbiota in Gut-Brain Communication. Front Endocrinol (Lausanne). 2020;11:25. ) (AGCC). Estas substâncias biológicas, das quais algumas são benéficas para o nosso organismo, são produzidas pelas bactérias do nosso cólon durante a fermentação das fibras alimentares. Elas também têm um papel central nas conexões entre os dois órgãos ao agir diretamente sobre o cérebro.6

Microbiota intestinal: ainda existem muitas coisas a descobrir

Descubra a entrevista da Dra. Deanna Gibson

Bom humor e chocolate amargo: um casamento 85% confiável!

Sabia disso? Alguns alimentos, como o chocolate, podem regular o nosso humor.

Um estudo7 mostrou recentemente que os polifenóis presentes em grande quantidade no cacau teriam uma ação positiva na flora intestinal, impedindo o crescimento de bactérias (sidenote: Agente patogénico Um agente patogénico é um microrganismo que provoca ou pode provocar uma doença. Pirofski LA, Casadevall A. Q and A: What is a pathogen? A question that begs the point. BMC Biol. 2012 Jan 31;10:6. ) e promovendo o desenvolvimento das benéficas.

É principalmente o consumo de chocolate amargo de 85% que aumenta a diversidade microbiana intestinal e provoca um eficiente retorno no nosso cérebro, que será traduzido por um efeito positivo e duradouro no nosso humor.

Comilões, não tem mais nenhum motivo para se culpar!

Outras informações surpreendentes sobre a sua saúde com os nossos testes!

No Dia Mundial do Microbioma (World Microbiome Day), o Biocodex Microbiota Institute está a desvendar os segredos dos fascinantes microrganismos que habitam os nossos corpos. Saiba mais sobre o papel essencial da microbiota na sua saúde!

É normal que os antibióticos dêem diarreia ao meu filho?
O que poderia prevenir as alergias respiratórias do meu filho?
Qual o melhor conselho para envelhecer bem?
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Noticias

O que poderia prevenir as alergias respiratórias do meu filho?

Comichão, ardor, nariz a pingar, olhos lacrimejantes... Todos os anos, a chegada da primavera e as suas concentrações de pólen marcam o regresso da rinite alérgica. A manifestação mais frequente e mais constante de alergia respiratória, a rinite alérgica envenena a vida de 40% da população mundial.1 Particularmente complexa, este transtorno respiratório resulta de muitos fatores genéticos e ambientais, entre os quais um desequilíbrio das microbiotas intestinal e otorrinolaringológica.

Pais, acreditem, existem também fatores protetores.

Então, como prevenir as alergias respiratórias do vosso filho?

A microbiota ORL Rinite alérgica Asma e microbiota A microbiota intestinal Já ouviu falar de “disbiose”? Probióticos

Microbiota e rinite alérgica: qual a ligação?

Os sintomas da rinite são induzidos por uma reação excessiva do sistema imunológico confrontado com alergénicos. A rinite alérgica é considerada sazonal (a famosa “febre do feno”), quando está associada ao pólen de relvas, árvores ou herbáceas. Ela é qualificada de perene quando é devida a alergénicos presentes o ano todo (ácaros, pelos de animais, mofo).2

40% Allergic rhinitis is thought to affect up to 40% of the global population with a high prevalence

Esta patologia está associada a um desequilíbrio a microbiota otorrinolaringológica (nariz-garganta-ouvidos) e intestinal, também chamada de “ (sidenote: Disbiose A "disbiose" não é um fenómeno homogéneo – varia em função do estado de saúde de cada indivíduo. É geralmente definida como uma alteração da composição e do funcionamento da microbiota, causada por um conjunto de fatores ambientais e relacionados com o indivíduo que perturbam o ecossistema microbiano. Levy M, Kolodziejczyk AA, Thaiss CA, et al. Dysbiosis and the immune system. Nat Rev Immunol. 2017;17(4):219-232. ) ”.

Alguns estudos indicam disparidades quanto à composição da microbiota intestinal entre as pessoas que sofrem de episódios agudos de rinite alérgica sazonal e os indivíduos não alérgicos.3 Nas crianças, um estudo4 revelou que a diversidade da microbiota nasal seria reduzida quando a rinite ataca, com uma assinatura bacteriana específica que traduziria a patologia respiratória e o seu nível de gravidade.

Microbiota intestinal: ainda existem muitas coisas a descobrir

Descubra a entrevista da Dra. Deanna Gibson

Fatores protetores contra a rinite alérgica?

Aparentemente, a exposição a (sidenote: Microrganismos Organismos vivos que são demasiado pequenos para serem vistos a olho nu. Incluem as bactérias, os vírus, os fungos, as arqueias, os protozoários, etc., e são vulgarmente designados "micróbios". What is microbiology? Microbiology Society. ) durante a primeira infância seria benéfica para prevenir alergias. Ao contrário das ideias preconcebidas, viver num ambiente higienizado não teria necessariamente um efeito protetor.

De facto, alguns estudos indicam que o pó de casa teria um efeito protetor contra as alergias.5 Viver no campo também seria benéfico, graças ao ambiente da quinta que moldaria o desenvolvimento da microbiota intestinal.6 Por último, a vida em comunidade também tem virtudes e preveniria o surgimento da alergia: pesquisadores observaram assim, em crianças em creches sem irmãos e irmãs, uma diminuição significativa do risco de rinite alérgica em comparação com crianças mantidas em casa sem irmãos e irmãs.7 Contra a rinite alérgica, viva as famílias numerosas!

A importância dos 1000 primeiros dias de vida

Este período que vai da conceção aos 2 anos é determinante para o crescimento e o desenvolvimento do lactente.8 É, de facto, durante esta janela que começa a colonização da microbiota intestinal e o desenvolvimento do amadurecimento do sistema imunológico.

Antibióticos, forma de parto, alimentação...: todos estes fatores que influenciam e desequilibram a microbiota intestinal podem ter efeitos a longo prazo na suscetibilidade a doenças (rinite alérgica entre muitas outras).9

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É normal que os antibióticos dêem diarreia ao meu filho?
Fontes

1 Yuan Y., Wang C., Wang Q., et al. Airway Microbiome and Serum Metabolomics Analysis Identify Differential Candidate Biomarkers in Allergic Rhinitis. Front Immunol. 2022 Jan 5;12:771136

2 Nur Husna SM, Tan HT, Md Shukri N, et al. Allergic Rhinitis: A Clinical and Pathophysiological Overview. Front Med (Lausanne). 2022 Apr 7;9:874114. 

3 Yuan Y., Wang C., Wang Q., et al. Airway Microbiome and Serum Metabolomics Analysis Identify Differential Candidate Biomarkers in Allergic Rhinitis. Front Immunol. 2022 Jan 5;12:771136

4 Ta L. D., Yap G. C. et al, Establishment of the nasal microbiota in the first 18 months of life: Correlation with early-onset rhinitis and wheezing. J Allergy Clin Immunol 2018

5 Hyytiäinen H, Kirjavainen PV, Täubel M, et al. Microbial diversity in homes and the risk of allergic rhinitis and inhalant atopy in two European birth cohorts. Environ Res. 2021 May;196:110835.

6 Jackson CM, Mahmood MM, Järvinen KM. Farming lifestyle and human milk: Modulation of the infant microbiome and protection against allergy. Acta Paediatr. 2022 Jan;111(1):54-58.

7 Svanes C, Jarvis D, Chinn S, et al. European Community Respiratory Health Survey. Early exposure to children in family and day care as related to adult asthma and hay fever: results from the European Community Respiratory Health Survey. Thorax. 2002 Nov;57(11):945-50.

8 Aires J. First 1000 Days of Life: Consequences of Antibiotics on Gut Microbiota. Front Microbiol. 2021 May 19;12:681427.

9 Kalbermatter C, Fernandez Trigo N, Christensen S, et al. Maternal Microbiota, Early Life Colonization and Breast Milk Drive Immune Development in the Newborn. Front Immunol. 2021 May 13;12:683022.

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Qual o melhor conselho para envelhecer bem?

Quanto mais envelhecemos, mais obtemos uma microbiota intestinal única. E é esta especificidade que pressagia tanto um envelhecimento saudável quanto um aumento da expectativa de vida nas pessoas idosas.1

Então, quais são os conselhos a adotar para envelhecer bem? Elementos de resposta neste artigo.

A microbiota intestinal Dieta: Impacto na Microbiota Intestinal Já ouviu falar de “disbiose”? Doença de parkinson Doença de alzheimer

Travar o declínio cognitivo graças à microbiota intestinal?

Perdas de memória, dificuldades em se situar no espaço, problemas de ansiedade... O envelhecimento é frequentemente associado a um declínio psicológico e cognitivo.

Inevitável? Não, graças à microbiota intestinal que pode retardar este declínio. Um estudo pré-clínico2 sugere que, de facto, o eixo intestino-cérebro terá um papel central no envelhecimento.

Para os autores, estes resultados incentivam abordagens terapêuticas visando adaptar a microbiota intestinal para melhorar as funções cognitivas dos idosos e, consequentemente, a sua qualidade de vida. Esta pista é seguida muito seriamente pelos cientistas que esperam impedir assim o desenvolvimento de distúrbios de memória associados à idade.

Microbiota intestinal: ainda existem muitas coisas a descobrir

Descubra a entrevista da Dra. Deanna Gibson

Dieta mediterrânica: a receita da longevidade?

O envelhecimento é acompanhado de uma inflamação geral e de uma degradação de diversas funções do organismo, que participam na síndrome da fragilidade dos idosos. A alimentação está envolvida? Muito provavelmente.

Não se apresenta mais a (sidenote: Dieta mediterrânea Rica em frutas, vegetais, cereais, oleaginosas (nozes) e peixe, e com baixo teor de carne vermelha, gorduras saturadas e laticínios. Lăcătușu CM, Grigorescu ED, Floria M, et al. The Mediterranean Diet: From an Environment-Driven Food Culture to an Emerging Medical Prescription. Int J Environ Res Public Health. 2019 Mar 15;16(6):942. ) : “A” referência em alimentação saudável e de bem-estar. É preciso dizer que esta última reúne um certo número de alimentos e práticas culinárias particularmente benéficas para o nosso organismo e propícias a um envelhecimento saudável.

De facto, segundo um estudo conduzido em pessoas idosas3, a alimentação mediterrânica permite à microbiota manter-se diversa (sinal de boa saúde) e aumentar o número de “bactérias boas”. Estas últimas estão associadas a uma melhoria da função cerebral (principalmente a memória) e a uma diminuição da inflamação e da fragilidade.

Outras mudanças benéficas proporcionadas por esta dieta: um aumento da rapidez da caminhada e uma melhoria na força das mãos. Quer repetir um pouco de salada ?

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No Dia Mundial do Microbioma (World Microbiome Day), Biocodex Microbiota Institute está a desvendar os segredos dos fascinantes microrganismos que habitam os nossos corpos. Saiba mais sobre o papel essencial da microbiota na sua saúde!

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