Centenários: e se o segredo de sua longevidade estiver na microbiota intestinal?

Viver muito tempo e de boa saúde? Uma questão de genética, de ambiente e de estilo de vida. Mas também? A investigação científica está a tentar desvendar as complexas interações entre esses fatores para compreender o envelhecimento e eventualmente retardá-lo. Nessa busca, o estudo da microbiota intestinal dos felizes centenários do planeta fornece respostas valiosas. O exemplo da Sardenha.

A microbiota intestinal Dieta: Impacto na Microbiota Intestinal
Centenarians: does the secret of their longevity lie in the gut microbiota?

Ao longo das nossas vidas, o nosso corpo modifica-se, inclusive a nossa microbiota intestinal, a tal ponto que as espécies que a compõem ajudam a estabelecer a nossa idade.. Sabe-se que a microbiota intestinal se deteriora com a idade, perdendo a sua diversidade ao desequilibrar-se (a situação a que se chama “disbiose”), o que poderá contribuir para o processo do envelhecimento. Pelo contrário, a manutenção de uma microbiota equilibrada poderá preservar o bom funcionamento do metabolismo e do sistema imunitário, mas também contribuir para o combate à inflamação e ao declínio da saúde cognitiva e óssea.

Desvio por uma “zona azul”, paraíso da longevidade


Tendo em conta que a microbiota intestinal tem participação no envelhecimento, não será possível aprendermos muito mais junto de pessoas com vidas muito longas e saudáveis? Para responder a esta pergunta, investigadores italianos1 deslocaram-se ao sul da Sardenha, região privilegiada para o estudo de centenários. Tal como nas outras “zonas azuis” do mundo, há lá homens cuja longevidade excede a média (enquanto as mulheres têm uma esperança de vida mais longa), mantendo-se em boas condições físicas2. Objetivos: determinar as particularidades da microbiota intestinal associadas à longevidade excepcional, e ainda avaliar a proporção de heritabilidade da microbiota para a descendência e o impacto de fatores ambientais como a alimentação.

Centenários que veem a vida a azul

As “zonas azuis” do mundo são4

  • As aldeias de montanha da Sardenha;
  • A ilha grega de Ikaria;
  • A península de Nicoya, na Costa Rica;
  • A ilha japonesa de Okinawa;
  • Loma Linda, na Califórnia, onde vive uma comunidade de adventistas.

A flora intestinal dos centenários na flor da juventude 

Os investigadores analisaram a microbiota intestinal de um grupo de 46 arrojados centenários e nonagenários, e compararam-na com a de um grupo de controlo de 46 pessoas saudáveis mais jovens (40 a 60 anos). Compararam também a microbiota intestinal de 7 centenários com a dos respetivos filhos. 

Descobriram que a microbiota intestinal dos centenários se caracterizava por uma grande abundância de bactérias da família Verrucomicrobia, em particular da espécie Akkermansia muciniphila. Esta bactéria é conhecida por contribuir – entre outras coisas – para a manutenção da integridade da barreira intestinal, da imunidade e da saúde metabólica. Enquanto a microbiota intestinal dos mais jovens era dominada pela família Bacteroidetes e, em particular, pelo gênero Bacteroides, a dos nonagenários encontrava-se associada às actinobactérias, nomeadamente às bifidobactérias. Além disso, a microbiota intestinal dos centenários era mais parecida com a dos mais jovens que a dos nonagenários.

Segundo os pesquisadores, a microbiota intestinal dos centenários apresenta uma comunidade microbiana harmoniosamente equilibrada. Ela inclui espécies associadas à saúde intestinal, as quais se opõem à ação dos agentes patogénicos e têm efeitos anti-inflamatórios que beneficiam todo o organismo. Além disso, a sua riqueza e a sua complexidade permitem-lhe adaptar-se às perturbações ambientais.

Genética e estilo de vida trabalham juntos


O estudo demonstrou, por fim, que a microbiota intestinal dos centenários era relativamente semelhante à dos respetivos filhos. Estes últimos poderão, portanto, herdar algumas caraterísticas da microbiota, mas também hábitos de vida familiar, em particular no domínio da alimentação, que predispõem para a longevidade. De facto, comprovou-se a relação existente entre a presença na microbiota intestinal de espécies ligadas à longevidade e a adesão a uma dieta de tipo mediterrânico. É mais uma demonstração das vantagens de uma dieta rica em fibras e antioxidantes!

Receita com três ingredientes para envelhecer melhor

A nossa forma de envelhecer depende do património genético que herdámos dos nossos pais, mas também do nosso ambiente e do nosso estilo de vida quotidiano: alimentação, tabaco, atividade física, condições de trabalho, etc.. Por exemplo, uma alimentação saudável desempenha um papel importante no equilíbrio da microbiota intestinal e na saúde: assim, nos idosos, a dieta mediterrânica diminui o risco de fragilidade e promove uma saúde melhor.

Recomendado pela nossa comunidade

"Interessante." Comentário traduzido de Bev Hansen (Da My health, my microbiota)

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Os irmãos, fator determinante importante do desenvolvimento da microbiota

O tipo de parto, a alimentação, o uso de antibióticos, etc.. Múltiplos fatores são conhecidos por influenciarem a saúde e o desenvolvimento da microbiota durante a primeira infância. Os irmãos desempenharão também um papel de primeiro plano, revela um estudo dinamarquês publicado em Microbiome1.

Desde o nascimento, a constituição da microbiota depende principalmente das fontes microbianas locais: especialmente a mãe, mas também o resto do círculo familiar, especialmente os irmãos e as irmãs. No entanto, a contribuição dos irmãos tem sido pouco estudada. Para preencherem essa lacuna, investigadores dinamarqueses sequenciaram amostras fecais (a 1 semana, 1 mês, 3 meses, 12 meses, 4 anos e 6 anos) e faríngeas (1 semana, 1 mês e 3 meses) de 686 crianças oriundas da coorte COPSAC2010 (Copenhagen Prospective Studies on Asthma in Childhood 2010). Em cada consulta, o seu lugar entre os irmãos era tido em consideração e atualizado. Quinze covariáveis foram entretanto registadas: peso ao nascer, uso de antibióticos, alimentação, presença de animais de estimação, etc. Os pesquisadores avaliaram depois a ligação entre a assinatura dos irmãos na microbiota das crianças e a presença de asma, rinite alérgica e sensibilização alérgica aos 6 anos de idade.

Diferenças na diversidade e abundância entre as crianças com irmãos mais velhos 

Os investigadores descobriram que os irmãos eram um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento da microbiota intestinal e das vias respiratórias da criança. Foram encontradas diferenças significativas na composição, tanto em termos de diversidade como de número de géneros bacterianos. O impacto dos irmãos foi particularmente evidente no primeiro ano de vida, e uma menor diferença de idade com os irmãos mais velhos demonstrou ter mais impacto do que o número de irmãos mais velhos.

A microbiota faríngea das crianças com irmão(s) mais velho(s) apresentou uma diminuição da diversidade alfa aos 3 meses, em comparação com a das crianças filhas únicas. Os géneros Moraxella e Neissera surgiram mais abundantes, enquanto os estafilococos tiveram tendência contrária. Nenhum outro fator, mesmo que importante, como a amamentação ou uso de antibióticos, mostrou exercer um impacto maior do que os irmãos na composição da microbiota faríngea.

Quanto à microbiota intestinal das crianças com irmãos mais velhos, ela apresentou uma maior diversidade alfa e uma diferença significativa na diversidade beta até aos 4 anos de idade. Aos 12 meses de idade, os irmãos surgiam como o fator determinante mais importante da diversidade beta após a forma de nascimento. A presença de irmãos mais velhos pôde ser associada a menos Escherichia/Shigella, outras Enterobacteriaceae e Veillonella, mas a mais Prevotella. Para este último género bacteriano, o aumento da abundância surgiu ainda mais pronunciado aos 4 anos de idade e persistiu até aos 6 anos. Finalmente, uma microbiota intestinal apresentando uma assinatura de irmãos aos 12 meses de idade pôde ser associada a um risco reduzido de asma aos 6 anos de idade.

Melhorar a integração dos irmãos nos estudos sobre o desenvolvimento da microbiota

Os investigadores acreditam, portanto, que o desenvolvimento da microbiota de uma criança é significativamente influenciado pelos seus irmãos, com consequências para a sua saúde. Sugerem por isso que os estudos sobre o desenvolvimento da microbiota em crianças devem ter em conta a presença de irmãos, especialmente dos mais velhos.

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O nosso irmão (ou irmã) mais velho ajuda a nossa microbiota bebé à crescer!

Conhecem-se muitos fatores que desempenham um papel no desenvolvimento da nossa microbiota e consequentemente na nossa saúde: o nascimento por parto vaginal ou cesariana, a alimentação, a ingestão de antibióticos, etc. O que é menos conhecido - e menos estudado - é que os irmãos também desempenham um papel importante. Investigadores dinamarqueses1 acabam de fornecer prova tangível disso.

A microbiota ORL A microbiota intestinal Asma e microbiota Rinite alérgica

Desde o momento em que nascemos, o pequeno universo que nos rodeia vai ajudar a moldar a composição única da nossa microbiota. Os microrganismos a que nos expõe serão diferentes consoante a nossa mãe nos deu à luz por cesariana, nos amamentou, nós crescemos no campo,  temos um cão… ou temos irmãos e irmãs! Para avaliar o impacto dos irmãos no desenvolvimento da microbiota, os investigadores analisaram a composição da flora intestinal (desde a idade de 1 semana até aos 6 anos) e da microbiota das vias respiratórias ao nível da faringe (desde 1 semana até aos 3 meses) de cerca de 700 crianças. Mediante a renovação regular das amostras, sequenciaram quase 4.500 das mesmas! Em cada etapa, tiveram em consideração o lugar relativo dos jovens participantes no seio dos irmãos - filho único, irmão(s) ou irmã(s) mais novos ou mais velhos. Além disso, registaram cerca de quinze fatores que também podem influenciar a microbiota das crianças, desde o peso ao nascer até à renda familiar. Por fim, compararam os dados recolhidos das crianças com a presença aos 6 anos de idade de asma, de rinite alérgica e de sensibilização a diversos alérgenos.

Os microrganismos da microbiota possuem espírito de família 


Os investigadores descobriram que, durante a primeira infância, o facto de se ter irmãos e irmãs era um dos fatores mais importantes para a composição da microbiota intestinal e da microbiota das vias respiratórias. Este efeito revelou-se mais forte nas crianças com um ou vários irmãos ou irmãs mais velhos durante o seu primeiro ano de vida. A sua microbiota intestinal revelou-se mais rica, mais diversificada e mais madura que a dos filhos únicos. Não era necessária a existência de uma família numerosa: ter um irmão ou irmã mais velho em idade próxima era mais importante do que ter vários. Elemento de consolação para os filhos únicos: a diferença entre sua microbiota e a das crianças com irmãos ou irmãs desaparecia aos 4 anos de idade.

A influência dos irmãos sobrepõe-se à da amamentação na microbiota respiratória dos lactentes

E quanto à microbiota das vias respiratórias? Durante os primeiros 3 meses de vida, também ela era modificada pela presença de irmãos, mais do que por outros fatores considerados fundamentais, como amamentação ou a toma de antibióticos. A dos bebés com irmãos era menos diversificada do que a dos que não os tinham. Mas atenção, ao contrário da microbiota intestinal, uma menor diversidade bacteriana nas vias aéreas parece ser mais favorável a uma boa saúde respiratória2


Que ilações é possível retirar deste estudo? Crescer durante a infância com irmãos tem impacto no desenvolvimento e na saúde da microbiota. Mas há necessariamente um reverso da medalha:  a existência de irmãos facilita a contaminação por germes das constipações e das diarreias. Mas os investigadores acreditam que a exposição precoce a micróbios relativamente inofensivos pode reduzir o risco de doenças alérgicas3.

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Xpeer: Estabelecimento precoce da microbiota intestinal

Aprenda sobre o estabelecimento precoce da microbiota intestinal neste curso gratuito, orientado pela Dra. Ericka Montijo. Neste curso, você aprenderá mais sobre a evolução e a importância da microbiota intestinal ao longo da vida. 

Imagem

Sinopse do curso:

Nos últimos anos, o interesse em investigar a complexa interacção entre a microbiota intestinal humana e a nossa saúde não tem parado. Além disso, os profissionais de saúde começaram a interrogar-se se o estabelecimento inicial da microbiota intestinal desempenha algum papel na nossa vida adulta. Como é que a microbiota se forma e se desenvolve na infância? Qual é a sua importância mais tarde na vida? Neste curso, aprenderá quais os factores que influenciam a nossa microbiota mesmo antes de nascermos, e quais as consequências de uma microbiota imatura mais tarde na vida adulta. Além disso, não perca as recomendações práticas sobre como melhorar uma microbiota saudável e madura em crianças!
Subvenção irrestrita do Biocodex Microbiota Institute

Quem é a Ericka Montijo?

  • Ericka Montijo, MD, é gastroenterologista a trabalha no Instituto Nacional de Pediatria no México DF.
     
  • Possui um mestrado em nutrição pediátrica e é especializada em endoscopias pediátricas. 
     
  • Declaração de Conflitos de Interesses: Ericka Montijo declara receber taxas de consulta da Biocodex México/Reckit Mead Johnson e ter participado como orador num gabinete patrocinado pela empresa, organizado pela Biocodex México e Reckit Mead Johnson.

A respeito da Xpeer

Xpeer Medical Education é a primeira aplicação de formação clínica acreditada do mercado, com cativantes vídeos de microaprendizagem de apenas 5 minutos.

Com um poderoso algoritmo para personalização da experiência do utilizador e dos conteúdos, inspirado no das mais populares plataformas de vídeo em streaming, oferece uma experiência totalmente renovada para a formação contínua e o desenvolvimento profissional dos profissionais de saúde.

Credenciada pela União Europeia de Médicos Especialistas, oferece componentes de formação clínica de elevada qualidade científica. Na Xpeer poderá encontrar este programa sobre a Microbiota e 500 horas de formação clínica de 2021 na sua especialidade, tecnologias, e competências profissionais e pessoais.

Mais informações sobre as acreditações:

A aplicação Xpeer é credenciada pelo European Accreditation Council for Continuing Medical Education (EACCME®) e atribui créditos ECMEC oficialmente reconhecidos em 26 países.

Os participantes do módulo obtêm 1 crédito FMF Europeu (ECMEC) por cada hora de formação (60 minutos úteis de e-learning, excluindo as introduções...). Este crédito é atribuído após a conclusão do módulo e a avaliação correspondente validada pelos participantes.

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Microbiota intestinal, responsável pela variabilidade da resposta às estatinas

Cerca de 25% a 30% das pessoas com mais de 40-50 anos, na Europa e nos Estados Unidos, tomam atualmente estatinas. No entanto, a variabilidade na resposta ao tratamento entre os pacientes continua a constituir um desafio para os médicos. E se fosse possível prever essa resposta e geri-la em função das caraterísticas da microbiota intestinal dos pacientes?

Le microbiote intestinal, clé de la variabilité de la réponse aux statines

As estatinas reduzem o risco de doença cardiovascular aterosclerótica ao inibirem a atividade da enzima HMG-CoA redutase que participa na síntese hepática de LDL (lipoproteínas de baixa densidade). Infelizmente, a sua eficácia nos níveis de LDL varia consideravelmente entre os pacientes e podem ocorrer efeitos secundários, em particular resistência à insulina, o que aumenta o risco de diabetes tipo 2. Para os médicos, a determinação da "dose máxima tolerada" adequada a cada paciente de acordo com as recomendações1 é muitas vezes feita por tentativa e erro. Essas tentativas e erros fazem perder tempo e podem prejudicar a adesão do paciente ao tratamento.

Um marcador sanguíneo para quantificar a resposta às estatinas


Estudos recentes destacaram já a existência de relação entre a microbiota intestinal e o risco cardiovascular aterosclerótico, e também entre a microbiota e a utilização de estatinas. Investigadores americanos2 decidiram desta vez analisar o papel da flora intestinal na resposta às estatinas. Ao metabolizarem as estatinas, as bactérias da microbiota poderão, efetivamente, modular a biodisponibilidade e a atividade dessas moléculas, ou mesmo contribuir para os seus efeitos secundários. Os cientistas, para começar, validaram um marcador da resposta às estatinas, a concentração plasmática do substrato HMG-CoA redutase (HMG), numa coorte americana de 1.848 adultos que incluía 244 tratados com estatinas. O nível de HMG surgiu, de facto, mais elevado nos indivíduos tratados do que nos não tratados, e revelou-se negativamente correlacionado com o nível de LDL no sangue apenas nos indivíduos tratados. Refletiu, também, tanto a intensidade da terapia com estatinas como a presença de variantes genéticas que afetam a resposta ao tratamento em pacientes.

O perfil da microbiota influencia a eficácia e o risco metabólico do tratamento


Os investigadores estudaram depois a associação entre a eficácia das estatinas, medida pela concentração de HMG, o seu efeito no controlo da glicose medido através do índice HOMA-IR (Homeostatic Model Assessment for Insulin Resistance) e a composição da microbiota intestinal analisada por sequenciação do gene do RNA ribossomal 16S. Descobriram que, associada a um aumento da resposta às estatinas, tanto em termos de eficácia como de efeito prejudicial para o controlo da glicose, estava uma microbiota menos diversificada e mais rica em Bacteroides. Por outro lado, uma flora mais rica em Ruminococcaceae exercerá aparentemente proteção contra esse risco metabólico. Estes resultados foram confirmados numa coorte europeia de 991 indivíduos cuja microbiota intestinal foi sequenciada usando um método diferente.

A caminho de tratamentos por estatina de precisão? 

Estes trabalhos fornecem não apenas uma explicação da variabilidade da resposta às estatinas, mas também uma perspetiva da existência de ferramentas clínicas para a gerir. Efetivamente, a concentração de HMG no plasma pode representar uma fonte de informação adicional à de LDL para se avaliar a eficácia do tratamento. A tomada em consideração da microbiota intestinal dos pacientes poderá igualmente permitir que se preveja a resposta às estatinas, que se melhore essa resposta através de probióticos caso isso seja necessário e, por fim, que se apresente aos pacientes uma estratégia mais personalizada de tratamento das doenças cardiovasculares.

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A orchata, uma “super bebida” para a microbiota intestinal

Um copo grande de orchata todas as manhãs durante 3 dias é suficiente para melhorar o equilíbrio bacteriano da microbiota intestinal. É isso que sugere um estudo realizado em Espanha por investigadores de Valência.

A microbiota intestinal Dieta: Impacto na Microbiota Intestinal
“Super drink” horchata and its effects on the gut microbiota

Tem a cor do leite e a textura do leite, mas não é leite. Preparada a partir dos tubérculos da juncinha, a horchata de chufa é uma bebida típica espanhola de Valência. Esta bebida não possuirá apenas virtudes refrescantes. Promoverá também a proliferação de bactérias intestinais benéficas para a saúde.

Beber orchata, sim, mas não qualquer uma!

Em Espanha, a orchata é frequentemente vendida engarrafada sob a forma esterilizada, adoçada e com adição de agentes emulsionantes, estabilizantes e aromatizantes. Não se pode contar com este tipo de produto ultraprocessado para melhorar o estado da nossa microbiota! Para se poder tirar proveito das virtudes da orchata – e da juncinha – ela tem de ser fresca (nem esterilizada nem pasteurizada), sem açúcar e sem aditivos. Os agentes emulsionantes, em particular, são suspeitos de aumentarem o poder patogénico de determinadas bactérias e de promoverem a inflamação nos intestinos.1 Portanto, antes de beber orchata, convém verificar atentamente a receita e preferir a de origem caseira!

Para chegarem a esta conclusão, investigadores do Conselho Superior de Investigação Científica de Espanha (CSIC) pediram a 31 adultos saudáveis que bebessem um copo de orchata, correspondente a 300 ml, todas as manhãs durante 3 dias ao pequeno-almoço. Os cientistas recolheram amostras de fezes dos voluntários antes e depois da experiência.
Objetivo: analisar os efeitos da orchata sobre as bactérias da microbiota intestinal.

Efeitos semelhantes aos de uma dieta rica em fibras

Os resultados mostram que a microbiota intestinal de todos os voluntários sofreu alterações positivas provenientes da orchata2

De uma forma geral, os novos perfis bacterianos surgiram semelhantes aos das pessoas com uma alimentação rica em vegetais ou próxima da (sidenote: Dieta mediterrânea Rica em frutas, vegetais, cereais, oleaginosas (nozes) e peixe, e com baixo teor de carne vermelha, gorduras saturadas e laticínios. Lăcătușu CM, Grigorescu ED, Floria M, et al. The Mediterranean Diet: From an Environment-Driven Food Culture to an Emerging Medical Prescription. Int J Environ Res Public Health. 2019 Mar 15;16(6):942. ) . No seio da microbiota intestinal dos voluntários, os investigadores detetaram uma abundante presença de bactérias que produzem butirato, um (sidenote: Ácidos Gordos de Cadeia Curta (AGCC) Os Ácidos Gordos de Cadeia Curta são uma fonte de energia (carburante) das células do indivíduo, interagem com o sistema imunitário e estão envolvidos na comunicação entre o intestino e o cérebro. Silva YP, Bernardi A, Frozza RL. The Role of Short-Chain Fatty Acids From Gut Microbiota in Gut-Brain Communication. Front Endocrinol (Lausanne). 2020;11:25. ) (AGCC) conhecido pelos seus múltiplos benefícios para a saúde. 

Uma bebida real

Reza a lenda que o nome lhe foi dado por Jaime I de Aragão no século XIII que, ao provar a famosa bebida oferecida por uma jovem valenciana, teria declarado “açò no és ilet, açò és or, xata!” (isto não é leite, é ouro!).

Fontes.

México e Espanha, cada um tem a sua receita

Numa próxima viagem, aqui estão algumas pistas para se evitar um incidente diplomático... e pedir uma orchata com total tranquilidade. A “horchata de chufa” é uma bebida tradicional de Valência feita a partir de tubérculos reidratados de juncinha. Não confundir com a orchata mexicana, que é feita de arroz, leite e canela.

Fontes.

Foi igualmente possível constatar que as mudanças observadas dependiam bastante do perfil bacteriano inicial. Assim, surgiram dois grandes grupos de microbiota após o consumo da bebida: um enriquecido com Akkermansia, Christenellaceae e Clostridiales e o outro com a presença marcante de Faecalibacterium, Bifidobacterium e Lachnospira. Algumas destas bactérias são já conhecidas pelos seus efeitos benéficos:

Elevado teor de amido resistente e de polifenóis: viva la chufa!

Como se explicam tais mudanças? 

Os tubérculos de juncinha (Cyperus esculentus ou junça-de-conta, chufa em espanhol), a partir dos quais se fabrica a orchata, possuem um teor de amido resistente relativamente elevado. Esse composto poderá, segundo os investigadores, “alimentar” certas bactérias benéficas, como Akkermansia, Lactobacillus ou Bifidobacterium, e assim promover o seu desenvolvimento. 

A juncinha contém também muitos polifenóis, os quais ajudam a conter a proliferação de outras espécies bacterianas graças à sua ação antimicrobiana.

A microbiota intestinal

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Insónia crónica e risco cardiometabólico: há participação da microbiota intestinal e dos ácidos biliares?

A insónia crónica, que atinge 10 a 20% da população mundial, está associada a um risco agravado de doenças cardiometabólicas. Haverá particularidades na composição da microbiota intestinal e no metabolismo dos ácidos biliares que terão impacto na relação entre essas duas patologias, sugere um estudo publicado em Nature Communications1.

Chronic insomnia and cardiometabolic disease: gut microbiota and bile acids involved?

Atualmente, os ácidos biliares são alvo de interesse por parte dos investigadores: além da sua função na absorção de nutrientes, eles desempenham um papel importante nas interações entre a microbiota intestinal e o seu hospedeiro. Efetivamente, após a sua síntese hepática, os ácidos biliares são libertados no intestino e transformados por bactérias cuja atividade influencia a composição da microbiota intestinal. Reabsorvidos pelo cólon, esses ácidos biliares "secundários" poderão agir então como moléculas sinalizadoras em vários processos metabólicos e imunitários2.

Sequenciação, metabolómica e estatísticas 

Investigadores chineses aventaram a hipótese de a microbiota intestinal e os ácidos biliares estarem envolvidos na relação, ainda mal compreendida, entre a insónia crónica e as doenças cardiometabólicas. Várias descobertas recentes encaminharam-nos para essa via. Por exemplo, a microbiota intestinal possui ritmos circadianos próprios, diferentes dos do hospedeiro e sensíveis às insónias. Em ratinhos, as interrupções repetidas do sono provocam uma alteração da composição da microbiota intestinal e do metabolismo dos ácidos biliares. Por fim, a disbiose intestinal e a desregulação dos ácidos biliares prejudicam a saúde metabólica.

Para testarem esta hipótese, os cientistas recorreram a duas coortes, uma “ (sidenote: Coorte de descoberta A “coorte de descoberta” inclui 1.809 indivíduos oriundos do estudo prospetivo Guangzhou Nutrition and Health Study (GNHS) ) ” e uma “ (sidenote: Coorte de validação A “coorte de validação” reúne os 6.122 participantes do estudo transversal Guangdong Gut Microbiome Project (GGMP), dos quais sequenciaram a microbiota intestinal. ) ”. Reuniram igualmente informações detalhadas sobre o sono dos participantes, bem como os respetivos parâmetros cardiometabólicos, durante um período de 6 anos antes das amostras de fezes serem colhidas. Por fim, analisaram o metaboloma fecal dos ácidos biliares de 954 indivíduos da coorte GNHS.

Dois géneros bacterianos e ácidos biliares específicos em destaque

Os investigadores conseguiram demonstrar que a insónia crónica e os distúrbios cardiometabólicos estavam correlacionados com um nível mais reduzido de duas bactérias da família das Ruminococcaceae, e isto nas duas coortes avaliadas.

Ao analisarem mais detalhadamente a coorte GNHS, descobriram também que:

  • certos ácidos biliares como o ácido isolitocólico (isoLCA), o ácido murocólico (MCA) e o ácido norcólico (NorCA) funcionavam como mediadores nessas associações. 
  • o consumo de chá (verde, preto, Oolong, etc.) estava associado a níveis mais elevados de Ruminococcaceae e a níveis mais reduzidos de NorCA, bem como a uma diminuição do risco de insónia.

“Tea time” para reduzir o risco cardiometabólico de insónia crónica?

Os investigadores pensam que o eixo microbiota-ácidos biliares intestinais poderá representar um alvo de intervenção interessante para se reduzir o impacto da insónia crónica na saúde cardiometabólica. Quanto ao chá, permanecem cautelosos: as investigações devem continuar antes de se poder afirmar que seu consumo exerce um efeito benéfico sobre as bactérias da microbiota ligadas à saúde cardiometabólica.

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Com ou sem álcool, a cerveja, uma nova aliada do nosso intestino?

Uma cerveja por dia mantém o médico à distância… Este novo ditado, inspirado num estudo português que enaltece as virtudes das cervejas (com e sem álcool) para a microbiota intestinal e a saúde em geral, deve agradar aos amantes das “bejecas”!

A microbiota intestinal Dieta: Impacto na Microbiota Intestinal
Avec ou sans alcool, la bière, nouvelle alliée de notre intestin ?

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas é responsável, todos os anos, por 3 milhões de mortes, e acredita-se ser o elemento que aciona mais de 200 doenças1. Em contrapartida, quando consumida (sidenote: Moderação Para adultos com idade legal para poderem beber alcool, as recomendações nutricionais americanas recomendam que se limite o consumo a 2 copos por dia para os homens e a 1 copo por dia para as mulheres. Mesmo em pequenas doses, o álcool pode ser perigoso. https://www.niaaa.nih.gov/alcohol-health/overview-alcohol-consumption/moderate-binge-drinking ) , a cerveja terá benefícios para a saúde (nomeadamente na prevenção dos riscos cardiovasculares). Trata-se de efeitos benéficos que se observam há décadas tanto com o vinho como com a cerveja, mas que se ignora se se devem ao consumo moderado ou a compostos que essas bebidas contêm, como os (sidenote: Polifenol Molécula orgânica presente nas matérias vegetais. https://www.medicalnewstoday.com/articles/319728 ) , presentes em grandes quantidades na cerveja.

Efeito benéfico… com ou sem álcool?

Para dissipar as dúvidas, uma equipa de investigadores portugueses2 realizou um estudo a comparar os efeitos da cerveja com e sem álcool na microbiota intestinal e em marcadores de saúde cardiometabólica (peso, índice de gordura corporal, nível de colesterol, resistência à insulina, etc.)

181 litros Este é o consumo anual de cerveja por habitante na República Checa.

Este torna este pequeno país europeu no maior consumidor mundial, muito à frente do segundo, a Áustria, que contabiliza “apenas” 97 litros/habitante.

10 homens beberam 33 cl de Lager (cerveja branca com teor alcoólico de 5,2%) a cada jantar durante quatro semanas, enquanto outros 9 beberam uma cerveja sem álcool, mantendo todos os seus hábitos alimentares.

Uma microbiota intestinal mais diversificada

E aqui está a boa (e surpreendente) notícia para quem gosta de cerveja: não se registaram quaisquer aumentos no peso nem nos níveis das enzimas hepáticas. Também é digno de nota que não surgiram variação importantes nos marcadores de saúde cardiometabólica. Quanto às análises das fezes, estas revelaram uma maior diversidade de microrganismos na microbiota intestinal (garantia de boa saúde), mas também uma tendência ascendente da atividade da fosfatase alcalina fecal, um marcador da função de barreira intestinal, independentemente do tipo de cerveja consumido. Portanto, os compostos presentes na cerveja parecem contrabalançar os efeitos nocivos do álcool na flora intestinal.

A microbiota intestinal

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Benefícios relacionados com os polifenóis

Segundo os cientistas, esses benefícios são atribuíveis aos polifenóis, bem como ao isoxantohumol, uma substância antioxidante que reduz o risco de doenças crónicas e da qual a cerveja é um importante veículo. Os referidos compostos encontram-se em quantidades muito mais importantes nas cervejas não filtradas, as quais poderão ter um impacto ainda maior na saúde da nossa flora intestinal, conforme sugerem os investigadores.

Serão necessários outros trabalhos para se poder confirmar estes resultados. Enquanto se aguarda, opte pela moderação.

Advertência

O abuso do álcool é perigoso para a sua saúde, consuma com moderação.

Recomendado pela nossa comunidade

"É um fermento menor. Faz sentido." Troubl Suzy (Da My health, my microbiota)

"Sim, claro." Paul Davis (Da My health, my microbiota)

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A água, fonte de vida… e de microrganismos

A água da torneira é uma fonte de microrganismos que, uma vez ingeridos, podem colonizar nosso intestino e influenciar a nossa microbiota intestinal. No entanto, a maioria deles permanece ainda desconhecida.

A microbiota intestinal
L’eau potable, source de vie… et de micro-organismes

Contrariamente à crença popular, a água potável não é estéril: existem cerca de 10 a 100 milhões de (sidenote: Microrganismos Organismos vivos que são demasiado pequenos para serem vistos a olho nu. Incluem as bactérias, os vírus, os fungos, as arqueias, os protozoários, etc., e são vulgarmente designados "micróbios". What is microbiology? Microbiology Society. ) por litro! Mas não há nada a recear, muito pelo contrário: a presença dessas bactérias parece alimentar a nossa microbiota intestinal, como já tinha sido demonstrado por um estudo anglo-saxónico anterior. Desta vez, foram cientistas italianos que percorreram a cidade de Parma para recolher amostras de água de fontes públicas e de torneiras domésticas. Objetivo: analisar a biodiversidade microbiana das amostras de água da sua cidade e os seus efeitos na microbiota intestinal dos respetivos habitantes.

A água, veículo de uma grande diversidade bacteriana

Ao examinarem as referidas amostras, os investigadores descobriram que havia 5 bactérias que estavam mais amplamente representadas, com bastante variabilidade de uma amostra para outra: numa fonte, Acidovorax delafieldii representava mais de uma em cada duas bactérias; noutra fonte, a bactéria dominante era a Sphingomonas ursincola e representava um quarto das bactérias presentes. O grau de variação era igualmente elevado na água da torneira. As 5 espécies dominantes não apresentaram surpresas: são conhecidas por estarem frequentemente presentes na água potável. Mais surpreendente, porém, é que grande parte das bactérias presentes na água potável, tanto das fontes como das torneiras, era ainda desconhecida. Uma "caixa negra" que os cientistas terão de explorar.

2,5 % A água doce representa cerca de 2,5% da água da Terra, sendo o resto constituído pela água salgada dos mares e oceanos.

106-108 As concentrações bacterianas na água potável são estimadas em cerca de 106 a 108 células por litro.

Do copo de água à microbiota intestinal

Sabendo-se que bebemos cerca de 2 litros de água por dia, será que essas bactérias têm impacto na microbiota intestinal? Sim, respondem os investigadores, que detetam as bactérias ingeridas nas fezes dos consumidores regulares, com perfis semelhantes aos da composição da água consumida. Por outras palavras, ano após ano, a água da torneira contribui para forjar a nossa microbiota intestinal. Os investigadores conseguiram até demonstrar que certas bactérias parecem instalar-se de forma duradoura (e permanecerem mesmo que se comece a beber água engarrafada), enquanto a presença de outras parece estar intimamente ligada ao consumo regular (desaparecem quando se bebemos água engarrafada ao longo de vários dias).

A microbiota intestinal

Saiba mais

É certo que estes resultados preliminares permanecem ainda parcelares. Mas vêm abrir dois campos de pesquisa que ainda não foram totalmente explorados. Quais as bactérias que estão presentes na água potável? Qual é a influência da água que bebemos na nossa microbiota intestinal e na nossa saúde? A água ainda não revelou todos os seus segredos...

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Paredes vegetais: a natureza no escritório faz bem à pele

As plantas fazem bem à pele? E ao nosso sistema imunitário? Não, não falamos do creme de hamamélis ou do óleo de amêndoas doces, mas de paredes interiores de plantas! Um estudo demonstrou que sua instalação nos nossos locais de trabalho não possui apenas virtudes ecológicas. Tais paredes ajudarão a equilibrar a microbiota da pele e a regular o sistema imunitário das pessoas que lá trabalhem.

A microbiota da pele Eczema alérgico
Green walls: nature in the office is good for the skin

Ao longo de décadas, a urbanização e as suas infraestruturas modernas têm diminuído a nossa exposição aos microrganismos ambientais. A consequente melhoria das nossas condições de higiene, permitiu-nos protegermo-nos de muitas doenças infecciosas.

Mas a nossa microbiota definha sem o contacto com os ecossistemas bacterianos naturais das plantas, da terra, da água, etc.. E essa ausência do mundo vegetal tem consequências para a nossa saúde: segundo os cientistas, o estilo de vida citadino (rotina transportes-trabalho-casa) promoverá alergias e doenças com componentes autoimunes. A nossa pele não está ao abrigo disso: a urbanização modifica o equilíbrio microbiano da pele.

No entanto, um pouco de vegetação pode ajudar a reequilibrar: a nossa microbiota cutânea enriquece-se quando passeamos nos espaços verdes urbanos e a das nossas crianças diversifica-se se elas frequentarem infantários com plantas. Mas como é que podemos aproveitar os benefícios das plantas se vivemos fechados 8 horas por dia num escritório?

Paredes vegetais: a microbiota da pele semeada de novo...

Investigadores finlandeses1 instalaram em gabinetes universitários separadores vegetais com circulação de ar. O princípio é básico: o ar interior é impulsionado através das plantas verdes (filodendros, Dracaena, fetos e outras) mediante o recurso a ventiladores. Compararam-se as amostras de pele e de sangue do pessoal que trabalha nesses gabinetes verdes com as de colaboradores que trabalhavam em salas sem vegetação.

Resultados: a abundância de lactobacilos e a diversidade de proteobactérias da pele, que se sabe participarem no equilíbrio da microbiota cutânea e na proteção contra microrganismos nocivos, aumentaram rapidamente nas pessoas que beneficiaram de instalações “verdes”. Os cientistas constataram também no sangue dessas pessoas uma diminuição da presença de uma citoquina pró-inflamatória e um aumento de outra (sidenote: Citoquina Pequena proteína que participa nas comunicações entre as células, em particular no sistema imunitário.  Cytokines: Introduction_British Society for Immunology   ) que participa na regulação da resposta imunitária.

...para uma vida profissional com melhor qualidade

De acordo com os autores do estudo, as paredes vegetais com circulação do ar equilibram a humidade da atmosfera e libertam esporos ou bactérias das plantas (inclusivamente proteobactérias), os quais se depositam na pele. A capacidade das plantas de filtrarem os poluentes atmosféricos terá também um efeito positivo na microbiota cutânea. De qualquer das formas, os separadores vegetais acabam por ser tão agradáveis à vista como potencialmente benéficos para a nossa saúde. Enquanto se aguardam novos resultados do estudo, será que devemos levar os nossos vasos com as plantas favoritas para o nosso local de trabalho?

Para acompanhar…

A microbiota da pele

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"Interessante" Comentário traduzido de Frances Elaine Babb Latone 

"Adoro esta ideia" - Comentário traduzido de Dianne Reid

"É bom que o tenham explicado melhor, pensei que só era preciso pintar as paredes de verde, mas obrigado pelo resto das informações" - Comentário traduzido de Paul Styrma

"Muito interessante. As cores criam estados de espírito, por isso soa bem à minha mente aberta." - Comentário traduzido de Carol Rench

(Da My health, my microbiota)

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